“Após 60 anos de lutas, vemos um país livre, independente e dono do seu destino” (Raul Castro em Santiago)

Granma – Terra Sen Amos

Na cerimônia central em comemoração do 60º aniversário do triunfo da Revolução, em Santiago de Cuba, Raúl assegurou que o trabalho feito permite vislumbrar um futuro digno e próspero. “Ninguém pode negar que a Revolução que nasceu em primeiro de janeiro não teve, por 60 anos, um minuto de calma: já passaram 12 administrações dos EUA que não pararam no esforço para forçar uma mudança de regime em Cuba usando um ou outro caminho, com mais ou menos agressividade”, sinalou o Secretario do Partido Comunista, expresidente de Cuba e histórico revolucionário,  quem recordou tambem a súa confiança em o povo demonstrará no dia 24 de fevereiro nas urnas o apoio majoritário à Revolução e ao Socialismo, ratificando a nova Constituição no 150 aniversário da Primeira Magna Carta de Cuba, aprovada em Guáimaro pelos iniciadores da guerra pela independência. A seguir oferecemos a versão integra das palavras de Raúl.

Instantânea para uma historia de seis décadas: Che, Raul e Fidel.

Santiagueiras e Santiagueiros;
Compatriotas de toda Cuba:

Reunimo-nos hoje para celebrar o 60º aniversário do triunfo revolucionário de 1º de janeiro, e o fazemos novamente em Santiago de Cuba, berço da Revolução, aqui no cemitério de Santa Ifigênia, onde são venerados os restos imortais de muitos dos melhores filhos da nação, muito perto dos túmulos do Herói Nacional, do Pai e da Mãe da Nação e do Comandante-em-chefe da Revolução Cubana.

Não venho aqui para falar a título pessoal, faço-o em nome dos heróicos sacrifícios do nosso povo e dos milhares de combatentes que deram a vida durante mais de 150 anos de luta.
Parece incrível que o destino tenha nos reservado o privilégio de poder dirigir-nos a nossos compatriotas em um dia como hoje, comemorando seis décadas do triunfo, quando, sob o comando de Fidel, pela primeira vez o povo cubano alcançou o poder político e os mambises puderam entrar vitoriosos em Santiago de Cuba, coincidentemente 60 anos depois do estabelecimento do domínio absoluto do imperialismo norte-americano em Cuba.

Há alguns meses, em La Demajagua, reunimo-nos para lembrar o 150º aniversário do início das guerras pela independência de Cuba, em 10 de outubro de 1868, data que marca o início de nossa Revolução, que sobreviveu a momentos de amargura e desunião, como o Pacto do Zanjón, e episódios luminosos como o levado a cabo por Antonio Maceo no Protesto de Baraguá.

A Revolução reviveu, em 1895, graças à genialidade e capacidade de José Martí de reunir os melhores e mais experientes líderes da guerra dos Dez Anos e preparar a «guerra necessária» contra o colonialismo espanhol.

Quando o exército colonial estava praticamente derrotado, com pouca moral combativa, cercado pelos mambises em quase toda a Ilha e diminuído por doenças tropicais, as que, em 1897, só para citar um exemplo, causaram 201.000 baixas entre suas tropas; a vitória foi usurpada pela intervenção norte-americana e a ocupação militar do país, que deu lugar a um longo período de opressão e a governos corruptos e servis aos seus desígnios hegemônicos.

Mesmo nessas circunstâncias difíceis, a chama redentora do povo cubano não se extinguiu, manifestada em figuras como Carlos Baliño, Julio Antonio Mella, Rubén Martínez Villena, Antonio Guiteras e Jesús Menéndez, entre muitos outros que não se resignaram a viver com vergonha e opróbrio.

Nem a Geração do Centenário, que sob a liderança de Fidel atacou os quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, em 26 de julho de 1953, estava disposta a tolerar, 100 anos após o nascimento de José Martí, os crimes e abusos de uma tirania sangrenta, subordinada aos interesses dos Estados Unidos.

Depois vieram momentos de profunda dor e tristeza, após o revés e o vil assassinato de muitos dos combatentes revolucionários que participaram dessas ações, denunciados por Fidel em seu apelo histórico «A História me Absolverá», que se tornou o programa da Revolução. A poucos metros daqui encontram-se os restos dos caídos em 26 de julho e outros mártires da ação insurrecional, incluindo também os bravos jovens de Santiago de Cuba que morreram durante a luta clandestina e os filhos desta cidade que caíram nas gloriosas missões internacionalistas.

Nos duros anos de prisão e vexames, o fervor e o compromisso de reiniciar a luta não esmoreceram, o prestígio e a autoridade do líder revolucionário aumentaram, para juntar novas forças contra a ditadura.

Durante o exílio no México não houve descanso; serviu para preparar o próximo e decisivo estágio de batalhas que nos trouxe no iate Granma para Las Coloradas, em 2 de dezembro de 1956. O atraso em chegar às costas cubanas, devido à navegação perigosa, não permitiu a sincronização programada com o Levante de Santiago de Cuba, em 30 de novembro, organizado pelo audacioso e corajoso jovem líder do Movimento 26 de Julho, Frank País García, que ainda não completara 22 anos quando foi brutalmente assassinado pelos capangas da tirania, em 30 de julho de 1957
Nem o desastre de Alegría de Pío, que quase aniquilou os expedicionários, conseguiu extinguir o otimismo e a fé de Fidel na vitória, convicções que o levaram a exclamar em 18 de dezembro, quando nos encontramos novamente, com apenas sete fuzis: agora sim nós ganhamos a guerra!

De Santiago de Cuba, como resultado dos incansáveis esforços do movimento clandestino liderado por Frank País, recebemos na Serra Maestra o primeiro reforço de jovens combatentes, armas e munições, o que significou uma contribuição crucial para a capacidade de luta do nascente Exército Rebelde.

Seguiram meses de combates incessantes, primeiro na Serra Maestra e depois a luta se espalhou para outras regiões com a abertura de novos fronts e colunas, e com a derrota da grande ofensiva das tropas de Batista contra o Primeiro Front liderado por Fidel, que marcou o início da contraofensiva estratégica e a virada radical da guerra que levou à derrota do regime e à tomada do poder revolucionário.

Já em 8 de janeiro de 1959, ao chegar a Havana, o Chefe da Revolução expressou: «A tirania foi derrubada, a alegria é imensa e ainda há muito a ser feito. Não nos enganamos, acreditando que a partir de agora tudo será fácil, talvez no futuro tudo seja mais difícil». (Fim da citação).

As palavras premonitórias de Fidel não demoraram a se tornar realidade. Começou um estágio de lutas que sacudiu as fundações da sociedade cubana. No dia 17 de maio, apenas quatro meses e meio após o triunfo, no Comando de La Plata, no coração da Serra Maestra, foi promulgada a primeira Lei de Reforma Agrária, em conformidade com o Programa do Moncada, fato que afetou os poderosos interesses econômicos dos monopólios norte-americanos e da burguesia crioula, que redobraram as conspirações contra o processo revolucionário.

A nascente Revolução foi submetida a todos os tipos de agressões e ameaças, como as ações de gangues armadas financiadas pelo governo norte-americano, planos de ataque contra Fidel e outros líderes, o assassinato de jovens alfabetizadores, muitos deles ainda adolescentes; sabotagens e terrorismo em todo o país, com o terrível saldo de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados; o bloqueio econômico, comercial e financeiro e outras ações políticas e diplomáticas para nos isolar; as campanhas de mentiras para denegrir a Revolução e seus dirigentes; a invasão mercenária pela Baía dos Porcos (Playa Girón) em abril de 1961; a Crise de Outubro de 1962, quando nos Estados Unidos estava sendo preparada uma invasão militar a Cuba e uma lista interminável de atos hostis contra o nosso país.

Ninguém pode negar que a Revolução que nasceu em primeiro de janeiro não teve, por 60 anos, um minuto de calma, já passaram 12 administrações dos EUA que não pararam no esforço para forçar uma mudança de regime em Cuba usando um ou outro caminho, com mais ou menos agressividade.

O povo heróico de ontem e hoje, orgulhoso de sua história e cultura nacional, comprometido com os ideais e o trabalho da Revolução, que já soma quatro gerações de cubanos, conseguiu resistir e vencer as seis décadas de luta ininterrupta na defesa do socialismo, sempre baseado na unidade mais próxima em torno do Partido e de Fidel.
Só assim podemos entender a façanha de ter suportado os anos brutos de um ‘período especial’, quando fomos deixados sozinhos no meio do Ocidente, a 90 milhas dos Estados Unidos. Então, ninguém no mundo teria apostado um centavo na sobrevivência da Revolução. No entanto, o desafio pôde ser enfrentado e superado sem violar nem mesmo um dos princípios éticos e humanistas do processo revolucionário e merecendo o apoio inestimável dos movimentos de solidariedade, que nunca deixaram de acreditar em Cuba.

Agora, novamente, o governo norte-americano parece tomar o curso do confronto com Cuba e apresentar nosso país, pacífico e solidário, como uma ameaça para a região. Apela à sombria Doutrina Monroe para tentar levar a história de volta ao tempo vergonhoso em que governos subjugados e ditaduras militares se uniram ao isolamento de Cuba.

Cada vez mais altos funcionários do atual governo, com a cumplicidade de alguns lacaios, disseminam novas falsidades e tentam novamente culpar Cuba de todos os males da região, como se estes não fossem o resultado de políticas neoliberais implacáveis que causam a pobreza, fome, desigualdade, crime organizado, tráfico de drogas, corrupção política, abuso e privação de direitos trabalhistas, pessoas deslocadas, expulsão de camponeses, repressão de estudantes e condições precárias de saúde, educação e habitação para a grande maioria.

São os mesmos que declaram a intenção de continuar forçando a deterioração das relações bilaterais e promover novas medidas de bloqueio econômico, comercial e financeiro para restringir o desempenho da economia nacional, causar limitações adicionais no consumo e bem-estar das pessoas, dificultar ainda mais o comércio exterior e reduzir o fluxo do investimento estrangeiro. Eles dizem que estão dispostos a desafiar o direito internacional, infringir as regras do comércio internacional e as relações econômicas e aplicar agressivamente medidas extraterritoriais e leis contra a soberania de outros estados.

Reitero nossa disposição de coexistir civilmente, apesar das diferenças, em um relacionamento de paz, respeito e benefício mútuo com os Estados Unidos. Também indicamos claramente que nós, cubanos, estamos preparados para resistir a um cenário de confronto, que não queremos, e esperamos que as mentes mais equilibradas do governo dos EUA possam evitá-lo.

Cuba é novamente acusada, quando se demonstra que a dívida externa, os fluxos migratórios descontrolados, a pilhagem dos recursos naturais são o resultado da dominação das corporações transnacionais no continente.

A força da verdade frustrou as mentiras e a história colocou fatos e protagonistas em seu lugar.
Pode-se atribuir à Revolução Cubana e ao épico escrito por este povo heróico apenas a responsabilidade que emana de seu exemplo como símbolo de independência plena, resistência vitoriosa, justiça social, altruísmo e internacionalismo.

Como parte de Nossa América, tem sido e será invariável nosso respeito e solidariedade com as nações irmãs, nas quais trabalharam mais de 347.700 médicos e profissionais de saúde cubanos, muitos deles em lugares remotos e difíceis e se formaram mais de 27.200 jovens como profissionais. Isso mostra confiança em Cuba.

Há algumas semanas, voltaram com dignidade, com o reconhecimento e carinho de milhões de pacientes, especialmente das áreas rurais e populações indígenas, milhares de médicos cubanos que serviram no Brasil, aos quais o novo presidente caluniou e repudiou para destruir aquele programa social e com isso cumprir as orientações da extrema direita na Flórida, que sequestrou a política dos Estados Unidos em direção a Cuba, para a satisfação das forças mais reacionárias do atual governo norte-americano.

Sessenta anos depois do triunfo podemos afirmar que estamos curados do terror, não nos intimidamos pela linguagem da força ou das ameaças, não nos intimidaram quando o processo revolucionário ainda não estava consolidado, nem o conseguirão remotamente agora que a unidade do povo é uma realidade indestrutível porque ontem fomos alguns, hoje somos todos um povo que defende a sua Revolução (Aplausos).

No dia 26 de julho, aqui em Santiago, expliquei que se havia formado um cenário adverso e novamente a euforia dos inimigos ressurgia e a pressa de concretizar os sonhos de destruir o exemplo de Cuba. Também mostrei a convicção de que o cerco imperial estava se estreitando em torno da Venezuela, Nicarágua e nosso país. Os fatos confirmaram essa avaliação.

Depois de quase uma década praticando métodos não convencionais de guerra para impedir a continuidade ou impedir o retorno de governos progressistas, os círculos de poder em Washington patrocinaram golpes, primeiro militares para derrubar o presidente Zelaya em Honduras e mais tarde lançaram mão dos golpes parlamentares-judiciais contra Fernando Lugo no Paraguai e Dilma Rousseff no Brasil.

Foram promovidos processos judiciais fraudulentos e politicamente motivados, bem como campanhas de manipulação e descrédito contra líderes e organizações de esquerda, fazendo uso do controle monopolista sobre a mídia.

Desta forma, conseguiram prender o companheiro Lula da Silva e privaram-no do direito de ser o candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores, para evitar sua vitória nas últimas eleições.

Aproveito esta oportunidade para apelar a todas as forças políticas honestas do planeta para exigir sua libertação e cessar os ataques e perseguições judiciais contra as ex-presidentas Dilma Rousseff e Cristina Fernández de Kirchner.

Aqueles que estão iludidos com a restauração da dominação imperialista em nossa região devem entender que a América Latina e o Caribe mudaram e o mundo também.

De nossa parte, continuaremos contribuindo ativamente para os processos de consenso e integração na região, baseados no conceito de unidade na diversidade.

Contribuímos para o processo de paz na Colômbia, a pedido expresso de seu governo, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e do Exército de Libertação Nacional, e continuaremos a fazê-lo, acima de riscos, agravos e dificuldades.

A autoridade política e moral de Cuba é baseada na história, no comportamento e no apoio unido, consciente e organizado do povo.
Portanto, nenhuma ameaça nos fará desistir de nossa solidariedade com a República Bolivariana da Venezuela.

As ações agressivas contra essa nação irmã devem cessar. Como já alertamos há algum tempo, a repetida declaração da Venezuela como uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos, os chamados abertos para o golpe militar contra o seu governo constitucional, os exercícios de treinamento militar desenvolvidos nas proximidades das fronteiras venezuelanas, bem como Tensões e incidentes na área só podem levar a graves instabilidades e consequências imprevisíveis.

A região se assemelha a uma pradaria grande em tempos de seca. Uma faísca poderia gerar um incêndio incontrolável que prejudicaria os interesses nacionais de todos.

É igualmente perigoso e inaceitável que o governo dos Estados Unidos sancione unilateralmente e também proclame a República da Nicarágua como uma ameaça à sua segurança nacional. Rejeitamos as tentativas da desacreditada Organização dos Estados Americanos, de interferir nos assuntos dessa nação irmã.
Diante da Doutrina Monroe, será bom aplicar e defender, para o bem de todos, os princípios da Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, assinada em Havana pelos chefes de Estado e de Governo, que agora alguns aliados dos Estados Unidos fingem ignorar.

A maior lição que revolucionários e movimentos progressistas podem extrair da situação que temos por diante é a de nunca negligenciar a unidade com o povo e não parar na luta em defesa dos interesses dos oprimidos, por mais difíceis que sejam as circunstâncias.

Para nós, na complexa situação internacional de hoje, as palavras do líder histórico da Revolução Cubana permanecem intactas, ao apresentar seu relatório central ao 1º Congresso do Partido, em 1975, quando disse: «Enquanto houver imperialismo, o Partido, o Estado e o povo vão prestar aos serviços de defesa a máxima atenção. A guarda revolucionária nunca será negligenciada. A história ensina com muita eloquência que aqueles que esquecem esse princípio não sobrevivem ao erro». (Fim da citação).

Em correspondência com isso, continuaremos priorizando as tarefas de preparação para a defesa, em todos os níveis, no interesse de salvaguardar a independência, a integridade territorial, a soberania e a paz, a partir da concepção estratégica da Guerra de Todo o Povo, como está incluído na recém-aprovada Constituição da República.

É nosso dever nos preparar meticulosamente e antecipadamente para todos os cenários, incluindo os piores, não apenas no nível militar, para que não deixemos espaço à perplexidade e à improvisação que floresce nos que têm pouca vontade no momento da atuação, mas com otimismo e confiança na vitória que Fidel nos legou e em contato direto com o povo e saibamos encontrar a melhor solução a qualquer desafio que possa surgir.

Precisamente um desafio que enfrentaremos no ano que começa hoje, é a situação da economia, oprimida pelas tensões nas finanças externas devido ao impacto nas receitas de exportação e ao ressurgimento do bloqueio dos EUA e seus efeitos extraterritoriais.

Conforme expresso por nosso ministro da Economia e Planejamento, na última sessão da Assembleia Nacional, o custo para Cuba dessa medida arbitrária, calculada de acordo com a metodologia internacionalmente aprovada, foi de US$4,3 bilhões (4.321.000.000) no ano passado, o equivalente a quase 12 milhões por danos todos os dias, fato que é negligenciado por aqueles analistas que muitas vezes questionam o desempenho da economia nacional.

Independentemente do bloqueio e seu reforço, nós, cubanos, temos enormes reservas internas para explorar sem aumentar o endividamento externo. Para isso, é necessário, em primeiro lugar, reduzir todas as despesas não essenciais e poupar mais, aumentar e diversificar as exportações, aumentar a eficiência do processo de investimento e aumentar a participação do investimento estrangeiro, o que, conforme indicado nos documentos de Partido, não é um complemento, mas um elemento fundamental para o desenvolvimento.

Nesse mesmo cenário, na Assembleia Nacional, em 22 de dezembro, o presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, companheiro Miguel Díaz-Canel Bermúdez, fez um balanço do estado da economia em 2018 e do plano para este ano, onde ressaltou que a batalha econômica continua sendo a tarefa fundamental e a mais complexa, e acrescentou que é aquela que mais exige de todos nós hoje, porque é a mais esperada por nosso povo.

Com esse propósito, ele explicou que é necessária uma atitude mais proativa, inteligente e concreta dos líderes, promovendo — não travando ou retardando — soluções seguras e particulares para os problemas, com a busca contínua e intensa de respostas ágeis e eficientes. Ao mesmo tempo, pediu mais coerência com a Conceituação do modelo econômico e social e sermos mais sistemáticos e precisos na implementação das Diretrizes para a Política Econômica e Social do Partido e da Revolução.

É oportuno dizer que a liderança do Partido Comunista de Cuba apoia veementemente os pronunciamentos e ações empreendidos pelo companheiro Díaz-Canel à frente do Estado e do governo desde que ele assumiu o poder, incluindo seu sistema de trabalho, baseado na visita aos territórios e às comunidades; o vínculo com os grupos e o intercâmbio direto com o povo, a promoção da responsabilização dos líderes através da imprensa e das redes sociais, bem como o controle sistemático dos principais programas de desenvolvimento e a promoção de um estilo de gestão e gestão coletiva de órgãos estaduais e governamentais.

Sem a intenção de fazer uma avaliação precipitada, posso afirmar que o processo de transferir as principais responsabilidades para as novas gerações está indo bem, digo muito, muito bem, sem retrocessos ou surpresas, e temos certeza de que continuaremos assim (Aplausos).

Os jovens que tiveram então o privilégio de lutar sob Fidel, há mais de 65 anos, desde o Moncada, o Granma, o Exército Rebelde, a luta clandestina, Giron, o confronto com os bandos contrarrevolucionários, as missões internacionalistas e até o presente, junto com o heróico povo cubano, sentimo-nos profundamente satisfeitos, felizes e confiantes de ver, com nossos próprios olhos, como as novas gerações assumem a missão de continuar a construção do socialismo, a única garantia de independência e soberania nacional.

Completam-se 60 anos daquele dia 1º de janeiro de 1959, no entanto a Revolução não envelheceu, ainda é jovem e não é uma frase retórica, é uma confirmação histórica, já que desde os primeiros momentos seus protagonistas eram jovens e isso tem sido assim ao longo dessas primeiras seis décadas.

O processo revolucionário não está circunscrito à vida biológica daqueles que o iniciaram, mas à vontade e compromisso dos jovens que asseguram sua continuidade. As novas gerações têm o dever de assegurar que a Revolução Cubana seja para sempre uma Revolução dos jovens e, ao mesmo tempo, uma Revolução Socialista dos humildes, pelos humildes e em prol dos humildes (Aplausos).
Nesta significativa data não pode faltar a justa homenagem às mulheres cubanas, desde Mariana até hoje, sempre presentes em nossas lutas pela emancipação da pátria e na construção da sociedade que construímos hoje (Aplausos).

Companheiros e companheiros:

A segunda sessão ordinária da atual legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular aprovou a nova Constituição da República, que será submetida a um referendo em 24 de fevereiro.
Anteriormente, por um período de quase três meses, foi desenvolvido um extenso processo de consulta popular, no qual os cidadãos expressaram livremente suas opiniões sobre o conteúdo do Projeto, levando à modificação de 60% dos artigos, em clara evidência da natureza profundamente democrática da Revolução, onde as principais decisões que definem a vida da nação são feitas com a contribuição de todos os cubanos. Nossa mídia forneceu uma cobertura detalhada durante o processo, o que me libera para expandir o assunto. Em poucos dias, o texto definitivo da nova Constituição começará a ser distribuído em um tablóide.

Quero apenas acrescentar a certeza de que mais uma vez nosso povo nobre e corajoso demonstrará no dia 24 de fevereiro nas urnas o apoio majoritário à Revolução e ao Socialismo, ratificando a Constituição no ano em que comemoramos o 150º aniversário da Primeira Magna Carta de Cuba, aprovada em Guáimaro pelos iniciadores da guerra pela independência.

Após 60 anos de lutas, sacrifícios, esforços e vitórias, vemos um país livre, independente e dono do seu destino. Imaginando o amanhã, o trabalho feito nos permite vislumbrar um futuro digno e próspero para a Pátria.

Levando em conta a história heróica da luta dos cubanos, em nome de nosso povo, com total otimismo e confiança no futuro, posso exclamar: Viva a Revolução Cubana!

Muito obrigado

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