Todalas entradas de Terrasenamos

“No Brasil está a ocorrer um genocídio!” (Frai Betto)

Bolsonaro proclamou que o modelo do seu amigo Trump contra a Pandemia é o melhor do mundo.

FREI BETTO, CARTA AOS AMIGOS E AMIGAS DO MUNDO:

No Brasil ocorre um genocídio! No momento em que escrevo, 16/7/2020, a Covid-19, surgida aqui em fevereiro deste ano, já matou 76 mil pessoas. Já são quase 2 milhões de infectados. Até domingo, 19/7/2020, chegaremos a 80 mil vítimas fatais. É possível que agora, ao você ler este apelo dramático, já cheguem a 100 mil.

Quando lembro que na guerra do Vietnã, ao longo de 20 anos, 58 mil vidas de militares usamericanos foram sacrificadas, tenho o alcance da gravidade do que ocorre em meu país (Brasil). Esse horror causa indignação e revolta. E todos/as sabemos que medidas de precaução e restrição, adotadas em tantos outros países, poderiam ter evitado tamanha mortandade.

Esse genocídio não resulta da indiferença do governo Bolsonaro. É intencional. Bolsonaro se compraz da morte alheia. Quando deputado federal, em entrevista à TV, em 1999, ele declarou: “Através do voto você não vai mudar nada nesse país, nada, absolutamente nada! Só vai mudar, infelizmente, se um dia partirmos para uma guerra civil aqui dentro, e fazendo o trabalho que o regime militar não fez: matando uns 30 mil”.

Ao votar a favor do impeachment da presidente Dilma, ofertou seu voto à memória do mais notório torturador do Exército, o coronel Brilhante Ustra.

Por ser tão obcecado pela morte, uma de suas principais políticas de governo é a liberação do comércio de armas e munições. Questionado à porta do palácio presidencial se não se importava com as vítimas da pandemia, respondeu: “Não estou acreditando nesses números” (27/3/2020, 92 mortes); “Todos nós iremos morrer um dia” (29/3/2020, 136 mortes); “E daí? Quer que eu faça o quê?” (28/4/2020, 5.017 mortes).

Por que essa política necrófila? Desde o início ele declarou que o importante não era salvar vidas, e sim a economia. Daí sua recusa em decretar lockdown, acatar as orientações da OMS e importar respiradores e equipamentos de proteção individual. Foi preciso a Suprema Corte (STF) delegar essa responsabilidade a governadores e prefeitos.

Bolsonaro sequer respeitou a autoridade de seus próprios ministros da Saúde. Desde fevereiro o Brasil teve dois, ambos demitidos por se recusarem a adotar a mesma atitude do presidente. Agora, à frente do ministério, está o general Pazuello, que nada entende de questão sanitária; tentou ocultar os dados sobre a  evolução dos números de vítimas do coronavírus; empregou 38 militares em funções importantes do ministério, sem a requerida qualificação; e cancelou as entrevistas diárias pelas quais a população recebia orientação.

Seria exaustivo enumerar aqui quantas medidas de liberação de recursos para socorro das vítimas e das famílias de baixa renda (mais de 100 milhões de brasileiros) jamais foram efetivadas.

MENOS IDOSOS, MÁIS RECURSOS

As razões da intencionalidade criminosa do governo Bolsonaro são evidentes. Deixar morrer os idosos, para economizar recursos da Previdência Social. Deixar morrer os portadores de doenças preexistentes, para economizar recursos do SUS, o sistema nacional de saúde. Deixar morrer os pobres, para economizar recursos do Bolsa Família e de outros programas sociais destinados aos 52,5 milhões de brasileiros que vivem na pobreza e aos 13,5 milhões que se encontram na extrema pobreza. (Dados do governo federal).

Não satisfeito com tais medidas letais, agora o presidente vetou, no projeto de lei sancionado a 3/7/2020, o trecho que obrigava o uso de máscaras em estabelecimentos comerciais, templos religiosos e instituições de ensino. Vetou também a imposição de multas para quem descumprir as regras e a obrigação do governo de distribuir máscaras para os mais pobres, principais vítimas da Covid-19, e aos presos (750 mil). Esses vetos, no entanto, não anulam legislações locais que já estabelecem a obrigatoriedade do uso de máscara.

Em 8/7/2020, Bolsonaro derrubou trechos da lei, aprovada pelo Senado, que obrigavam o governo a fornecer água potável e materiais de higiene e limpeza, instalação de internet e distribuição de cestas básicas, sementes e ferramentas agrícolas, para aldeias indígenas. Vetou também verba emergencial destinada à saúde indígena, bem como facilitar o acesso de indígenas e quilombolas ao auxílio emergencial de 600 reais (100 euros ou 120 dólares) por três meses. Vetou ainda a obrigação de o governo oferecer mais leitos hospitalares, ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea a povos indígenas e quilombolas.

Indígenas e quilombolas têm sido dizimados pela crescente devastação socioambiental, em especial na Amazônia.

Por favor, divulguem ao máximo esse crime de lesa-humanidade. É preciso que as denúncias do que ocorre no Brasil cheguem à mídia de seu país, às redes digitais, ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, e ao Tribunal Internacional de Haia, bem como aos bancos e empresas que abrigam investidores tão cobiçados pelo governo Bolsonaro.

Muito antes de o jornal The Economist fazê-lo, nas redes digitais trato o presidente por BolsoNero – enquanto Roma arde em chamas, ele toca lira e faz propaganda da cloroquina, remédio sem nenhuma eficácia científica contra o novo coronavírus. Porém, seus fabricantes são aliados políticos do presidente…

Agradeço seu solidário interesse em divulgar esta carta. Só a pressão vinda do exterior será capaz de deter o genocídio que assola o nosso querido e maravilhoso Brasil.

Fraternalmente,

Frei Betto, dia 16/7/2020

Frei Betto é frade dominicano e escritor, assessor da FAO e de movimentos sociais. Publicou esta carta aberta, em 16/7/2020

Un mambí estadounidense, símbolo do internacionalismo cubano

Moncho Fernández Leal – Terra Sen Amos

Henry Reeve é o nome do continxente médico de Cuba que, ante a pandemia, percorreu o mundo nos últimos meses para asistir a nada menos que 27 países. A historia do mozo norteamericano do século XIX que é sinónimo da solidariedade internacional no século XXI. Henry Reeve tiña apenas 26 anos cando o 4 de agosto de 1876 caeu en combate en Cuba. Para esa data, pasara o últimos sete anos da súa vida nesa terra. Lonxe da súa Nova York natal, pero moi preto da causa que abrazou na temperá adolescencia no seu país de orixe, atravesado pola guerra civil.

Mentres Trump procura a desaparición da Organización Mundial da Saúde, insulta a China ou secuestra equipos de protección personal, as brigadas médicas cubanas que levan por todo o planeta o nome heroico de Hennry Reeve, batallan contra o Covid-19 en 27 paises (dado actualizado) Este persoal médico merece de verdade o Premio Nobel da Paz.

Reeve nacera 4 de abril de 1850, en Brooklyn, nunha familia presbiteriana de clase media. A súa nenez transcorreu nunha sociedade norteamericana desgarrada polas tensións raciais e as disputas entre o Sur escravista e o Norte industrial. Dacordo a diversos testemuños, Reeve participou no Exército do Norte como tambor, cando apenas entraba na adolescencia.

Dez días despois de cumprir 15 anos, sucedeu un feito que había de marcalo de por vida: nun teatro de Washington DC atentaban contra a vida do entón presidente, Abraham Lincoln. Lincoln foi atacado a noite do 14 de abril de 1865 e faleceu poucas horas despois, xa no día seguinte. Andara case unha semana desde que o 9 de abril o xeneral Lee, comandante do escravista Exército dos Estados Confederados, rendérase ante o xeneral Grant en Appomattox, Virginia, dando fin á guerra.

Tres anos despois, outubro de 1868, en Cuba, os patriotas ao mando de Carlos Manuel de Céspedes, daban inicio á longa loita pola independencia fronte ao colonialismo europeo. Na leira La Emajagua, da súa propiedade, Céspedes reuniu aos independentistas dispostos a sublevarse contra a monarquía española e liberou aos seus escravos. Este episodio, coñecido como o Grito de Yara, significou o comezo da Guerra dos 10 anos (1868-1878), tamén chamada Guerra Grande. Mentres comezaban os combates na illa, a Xunta Cubana de Nova York reunía diñeiro, armas e homes para apoiar a insurrección.

Por esa época, o mozo Reeve traballaba como contable de libros nun banco. O contacto con emigrados cubanos sensibilizárao e pronto decidiu compartir a súa causa. Con 19 anos recentemente cumpridos, o 4 de maio de 1869 embarcouse no vapor Perit (ou Perrit) co nome de Henry Earl. A súa primeira función foi como soldado ordenanza do xeneral Thomas Jordan. De xeito paradoxal, Jordan fora oficial do bando confederado na guerra civil norteamericana.

O propio continxente era en si mesmo expresión do internacionalismo que sinalaba á xesta e que tamén fora común ás guerras de independencia en América do Sur. No barco a maioría eran cubanos exiliados en EE. UU., pero un número importante -ao redor de 80, ou talvez máis- eran estadounidenses. Segundo os rexistros da época, tamén había combatentes nados en Venezuela, en México, en España, en Polonia e en Hungría.

O coronel Fernando Figueredo, no clásico libro La revolución de Yara, aparecido en 1902, relata o seguinte: “Entre os expedicionarios contábanse o instruído xeneral confederado Jordan e como cen mozos americanos, algúns pertencentes a familias acomodadas de Nova York e Brooklyn. O máis distinguido destes polos seus modais, pola súa educación e quizais polo seu nacemento, era un novo soldado que co nome de Henry Earl alistara en Nova York, e sen coñecemento dos seus pais desembarcara nas praias de Cuba para pelexar pola súa independencia”.

Nove de maio de 1869 (ou o 11, as fontes son contraditorias neste punto) o barco chegou á península El Ramón, no oriente de Cuba. Tras complexas manobras, 13 de maio finalizou o desembarco e comezou a tarefa de mover por terra o importante arsenal que transportaba. O bautismo de fogo foi na mañá do 16 de maio. Unha imprudencia dos revolucionarios puxo sobre aviso á Armada española e os realistas atacaron. De inmediato comezou a destacarse este mozo louro de ollos claros, que moitos anos despois sería bandeira da solidariedade internacionalista.

“Algúns expedicionarios subiron ao ombreiro -desde a praia- un canón de bronce co que empezaron a disparar sobre o inimigo fortemente atrincheirado; sobresaíndo neste feito pola súa decisión e valentía, un novo soldado norteamericano chamado Henry Reeve, quen recibiu as súas primeiras feridas no brazo e no tórax; é dicir, que nesta acción derramábase sangue norteamericano en chan cubano, como exemplo de internacionalismo”. Con estas palabras refire a enciclopedia en liña do Estado cubano EcuRed, a súa primeira participación en combate.

Catro días despois, o 20 de maio, a expedición tivo unha segunda batalla coas forzas colonialistas en Canalito, a poucos quilómetros da anterior. Alí, de novo Henry Reeve destacouse polo seu heroísmo. Segundo contan, o maior xeneral Jordan pediu a un dos seus homes: “Déanlle un fusil a ese mozo que é máis valente que Xulio Cesar”. Aos poucos días combatería tamén en La Cuaba e o 27 de maio -cando aínda non facía un mes da súa partida de EE. UU- sería capturado no combate das Cabazas e sometido a un pelotón de fusilamento. Recibiu catro disparos, pero non morreu.

Di Fernando Figueredo na obra citada: “Por unha extraordinaria casualidade as catro balas que lle asestaron a este, das que dúas deberon esnaquizarlle o cranio e dous atravesarlle o peito, non fixeron senón ferilo levemente na cabeza, deixándoo sen coñecemento, confundido entre os cadáveres dos seus infortunados compañeiros. A noite refrescou as súas feridas, o mozo volveu en si e á ventura, un estranxeiro en terra estranxeira, comezou a andar sen dirección. Dous días estivo perdido nos bosques, sangrando copiosamente, ata que a fortuna fixo que algúns patriotas o atopasen e conducisen ao campamento El Mijial”.

Así comezaba a súa participación na xesta independentista cubana, onde sería coñecido como “O Inglesiño” ou Enrique O norteamericano. De soldado a brigadier xeneral en poucos anos, Reeve converteuse no home de confianza de Ignacio Agramonte, El Mayor, e tras a súa morte en maio de 1873, combateu baixo o mando do Xeneralísimo Máximo Gómez, quen o tiña na máis alta estima.

Durante sete anos participaría en máis de 400 batallas, algunhas delas memorables, como o rescate do brigadier Julio Sanguily, en 1871, realizado con carga a machete ao mando de 35 mambises, contra unha forza moi superior. O 28 de setembro de 1873, nunha desas contendas, Reeve resultou ferido na súa perna dereita, que debeu ser parcialmente amputada. Adaptáronlle un aparello metálico á cadeira e a partir de aí, pelexou atado á montura.

O 4 de agosto de 1876, en Yaguaramas, a súa tropa foi sorprendida polas forzas coloniais, que lle mataron o cabalo e ferírono nun ombreiro, nunha ingua e no peito. De pé, co machete nunha man e o revólver na outra, o xeneral de brigada do Exército Mambí disparouse a si mesmo na tempa antes de ser capturado.

Din que, na Xunta Cubana de Nova York, sete anos antes, preguntáronlle por que se presentaba como voluntario. “Porque vostedes son patriotas”, explicou. “E vostede, de onde é?”, volveron preguntarlle. “De alí onde se morre”, respondeu.

Pero incluso isto mesmo, hoxe, ponse en dúbida.

Hai na estrada de Yaguaramas a Horquitas, camiño a Playa Girón, un monumento a Henry Mike Reeve Carroll. Hai tamén, desde 2005, un continxente médico que leva o seu nome por todo o mundo ante cada epidemia ou catástrofe que esixe unha man solidaria. Alí, onde se viva.

Hai unha historia de internacionalismo que une un século e medio de loita contra o colonialismo, pola irmandade entre os pobos. Nesa historia Henry Reeve, de bata branca, apunta e con Martí, dispara: “Patria é humanidade”.

Trump rexeita ao seu mercenario “encargado para Venezuela” e a UE conspira para salvar a Guaidó

BERENICE SOBRAL – TERRA SEN AMOS

Para Trump, Juan Guaidó xa non representa a oposición venezolana nin gañou a máis mínima credibilidade no papel de presidente encargado posto en escena por un formidábel equipo da CIA, con moreas de cartos do Estado Bolivariano embargados ilegalmente polo goberno de Washington co silenzo do Congreso e a axuda de Boris Johnson. Os fracasos sucesivos da ofensiva de Xaneiro de 2019 dende Colombia, da desfeita da Operación Libertad  de 30 de abril seguinte, así coma dun novo golpe frustrado o 26 de xuño, produciran un desencanto perceptíbel na presidencia da Casa Branca que en setembro de 2019  promoveu a difusión  en todo o mundo de fotografias de Guaidó abrazando a narcotraficantes da banda de  Los Rastrojos. O sinal é deseguida comprendido por varios gobernos que renegan do seu anterior respaldo ao presidente pantasma,  proposto só oito meses antes polo mesmo Trump. Só o ministro de exteriores da Unión Europea, Josep Borrell, mantén a ficción do presidente encargado e permite a Juan Guaidó e Leopoldo López preparar un novo golpe armado dende a residencia da embaixada de España en Venezuela ao tempo que sanciona 11 deputados chavistas da Asemblea. Maduro di que xa abonda de colonialismo europeo contra Venezuela e expulsa a embaixadora da UE.

Trump acusa a Bolton de louvamiñeiro e Bolton di no seu libro que Trump non paraba de gabar as súas iniciativas.

A impaciencia de Trump por botar a Guaidó está contada con detalle no libro “O salón onde sucederon os feitos”, publicado por John Bolton, asesor de seguridade da Casa Branca que foi cesado no seu cargo precisamente por ser directamente responsábel da presidencia finxida de Guaidó e partícipe do seu rechamante fracaso  (O título orixinal fo libro, The Room Where it Hapenned foi tirado da montaxe de Broadway que ten como argumento o compromiso fundacional de 1790 entre Alexander Hamilton, Thomas Jefferson e James Madison)

No libro que a Casa Branca tentou censurar sen éxito, Trump chama a John Bolton louvamiñeiro, parvo e paiolo, neurótico belicista, babeco aborrecido e sandeu bombista, a pouco de botalo do goberno. Un desprezo a medida da formidábel responsabilidade da asesoria de seguridade imperial. Comentan en Washington que o de tratalo de parvo non é crueldade do presidente senón axuste de contas polos seus catro grandes atentados frustrados contra o goberno democrático de Venezuela, con entrega por parte de Bolton a prensa internacional, de avisos da máis que probábel fuxida do presidente Nicolás Maduro.  

A reacción da presidencia da Casa Branca parécese á sentenza Roma non paga traidores, representación cínica coa que un imperio nega a súa responsabilidade naqueles casos en que un acto de guerra é escandalosamente criminal ou cando considera preciso librarse de responsabilidades comprometedores das súas xerarquías. No libro de Bolton, Trump refírese a Guaidó coma Beto O´Rourke, en recordo do esperpéntico líder do grupo punk Cult of the Dead Cow (culto da vaca morta) que probara sorte nas elección fronte Ted Cruz;  Trump láiase do evidente fracaso do seu  presidente encargado para Venezuel. Compárao con Nicolás Maduro e dí: “ese si que é listo e valente” e de a pouco declara que está disposto a entrevistarse co presidente democrático de Venezuela. En Washington din que coa expulsión de Bolton e o previsibel exilio de Guaidó, Trump procura lavar as mans sobre unha morea de crimes cometidos contra o pobo de Venezuela: golpes de Estado intermitentes, revoltas, asasinatos contra inocentes, un magnicidio frustrado, alzado de bens do Estado de Venezuela, sabotaxes do sistema eléctrico, embargo de alimentos básicos e medicamentos, calumnias promovidas dende a OEA e outras instancias internacionais e unha interminábel relación de atentados e bloqueos contra un pais que loita pola súa independencia con leis refrendadas nas urnas.

UN ATENTADO CON RECIBOS ASINADOS POR GUAIDÓ

De certo, o fracaso de Bolton atinxe o vice-presidente Pence e o ministro de Estado, Pompeo, mentres significa unha vitoria heroica para a Revolución Bolivariana. En Washington sinalan que o Macutazo de 30 de Maio na costa da Guaira, o desembarco fracasado que tiña como obxectivo o secuestro do presidente Maduro, é o primeiro acto terrorista imperial no que aparecen insólitos papeis asinados e outras evidencias que implican a DEA (axencia anti-narcóticos dos EUA) e acusan directamente o presidente encargado. O golpe fora adiado pola Pandemia, mais, de remate, o goberno de Washington responsabiliza da frustrada iniciativa a un axente da CIA que pretendía cobrar o premio de 12 millóns de dólares prometidos polo goberno dos EUA a cambio da cabeza de Nicolás Maduro.

Derrotado o desembarco terrorista, Maduro denunciou a o amparo do Goberno de Madrid ao golpista Leopoldo López refuxiado na residencia do embaixador de España en Caracas; acusou a UE de conspirar contra o Goberno Bolivariano, e expulsou a embaixadora comunitaria depois de Bruxelas sentenciar 11 funcionarios venezolanos, principalmente diputados de la Asamblea Nacional (AN) que non atenderon as súas recomendación. A UE traballa para sabotar a convocatoria de eleccións para decembro no Parlamento Bolivariano, na que todos os sinais indican claramente a vantaxe dos chavistas que teñen a honra non acatar ordes dos colonialistas da UE e defender a Constitución Bolivariana.

Trump practica o terrorismo contra as brigadas médicas cubanas, mentres o mundo pide para elas o Nobel da Paz

Medea Benjamin-CodePink

Unha equipa de 85 doutores e enfermeiras de Cuba chegara a Perú comezos de xuño para asistir a poboación contra a pandemia e a nada de comezar seu labor solidário, Michel Pompeo, ministro de Estado do governo de Trump, anunciou que daría aínda máis unha volta ao torno do bloqueo, ao que pouca fías lle quedan para rebordar as canizas. O castigo dobrado consiste desta en multas contra sete entidades mercantís cubanas, entre elas Fincimex, institución precisa para poder xirar a illa a facturación das súas empresas. A medida tamén atinxe a empresa Marriot International á que ordenaron pechar seus hoteis en Cuba igual que fixeran con outras empresas do sector que representa o 10% do PIB de Cuba.

Unha protesta de CodePink contra o bloqueo dos EUA ao Irán, pón virollo ao ministro de Estado de Trump, ex-director da CIA.

Máis Cuba, que tamén padece a pandemia, axuda o mundo, máis o goberno de Trump sabota a economía, recursos e relacións comerciais da illa. Sen ter conta que sesenta anos de bloqueo, de parte de dez gobernos sucesivos dos EUA, non deron aquelado a integridade política de Cuba, o gabinete de Trump decide relanzar todos os recursos do cerco criminal e elevalos ao que el chama máxima presión consistente en 90 medidas económicas aplicadas dende xaneiro de 2019. Josefina Vidal, embaixadora de Cuba no Canadá, denuncia que a renovada ofensiva da Casa Branca e máis agresiva que nunca e busca privar a Cuba de recursos para avanzar. O interminábel bloqueo custou a Cuba un billón de dólares (un trillón, en termos dos EUA) e só nos anos 2018-2019 máis de 130.000 millóns, sen valorar aínda o grave dano causado a industria turística cubana.

EXCEPCIÓNS HUMANITARIAS MUDADAS EN CASTIGO

Asegura que o bloqueo contra Cuba dispón de excepcións humanitarias, mais se existen, están a ser ignoradas no que se refire á saúde. O sistema integral e aberto de asistencia sanitaria de Cuba, internacionalmente recoñecido, está a padecer, por causa do bloqueo, recortes  en medicamentos e equipo médico, nomeadamente para enfermos de SIDA e cancro. O Instituto Nacional de Oncoloxía, houbera de practicar amputacións a menores con cancro, ao non poder contar con recursos de patente estadounidense. Os EUA bloquearon a entrega a Cuba dunha doazón de máscaras e equipa para diagnóstico da Covid-19. En abril, a solidariedade con Cuba levóu perante as portas das empresas IMT Medical AG e Acutronic de Berna, cartaces de protesta nos que as acusaban de covardía fronte os EUA por negaren a Cuba respiradores, precisos para tratar infectados por Covid-19. Nun dos cartaces chamaban aos empresarios “ben mandados” (TSA, 28 de abril)

Como se non lle abondara con sabotar o exemplar sistema sanitario cubano, o goberno Trump mete paus nas rodas das equipas médicas internacionalistas que atenden dende 1960 comunidades en emerxencia por falta de medios en 164 países. Ameazados pola Casa Branca, os gobernos de Ecuador, Bolivia e Brasil rescindiron  de vez contratos de asistencia médica de parte de Cuba, unha decisión que foi aplaudida por Mike Pompeo, ministro de Estado dos EUA, coma “un xesto de valentía dos que non calan fronte aos abusos de Cuba”. O ministro pretende que Cuba leva as mulleres e homes das brigadas médicas amarrados con grillóns de ferro. Non é raro que tanto finximento se volva contra o finxidor: o mesmo goberno de Brasil que recusara as brigadas médicas, abouxada polo andazo do Coronavirus pregou a Cuba para mandalas de volta.

Non é raro que a diario máis voces en todo o mundo súmense a campaña para distinguir co Nobel da Paz as brigadas médicas cubanas.

Israel forma a policía dos EUA en técnicas de inmobilización coma a que matou a George Floyd

Philip Giraldi

A militarización da policia dos EUA, unha realidade desde a campaña contra o terrorismo lanzada a partir do 11 de setembro, foi realizada con programas de formación impartidos pola policía de Israel. Os cursos foran organizados polo goberno federal e diferentes estados na altura en que Michael Chertoff era Secretario de Seguranza Nacional. É difícil comprender que relación teñen estes programas cunha forza de policía pensada para defender as garantías fundamentais nunha democracia. No Estado de Israel nada saben cando se trata de investigar ou protexer os cidadáns do seu país. A policía de Israel está na vangarda da violencia estatal (contra o pobo palestino) e protexe colonos fortemente armados que destrúen os medios de vida dos palestinos para roubaren as suas terras. Esa policía é boa cando se trata de utilizar a “cadeira palestina” para torturar ou se trata de disparar polas costas contra adolescentes palestinos. Foi ela a que inventou a ‘agua fedorenta’, un aerosol químico que alcatrea,  inicialmente utilizado contra manifestantes palestinos. E foi tamén a primeira forza policial importante en empregar regularmente balas de goma, que matan e mutilan.

O truco do xoenllo no pescozo do detido. e prática habitual da policia sionista na Palestina ocupada. Israel imparte cursos da especialidade en 31 Estados dos EUA.

O escándalo do asasinato de George Floyd en Pensilvania, que inzou protestas en todo o mundo, serviu para denunciar que a forma de actuar da policía de certos estados está directamente importada do Estado de Israel. Georgia, por exemplo, experimentou un aumento do uso de armas de fogo por parte da policia, na metade dos casos con vítimas desarmadas e con disparos polas costas. Apesar disto, o estado continua o programa de intercambio policial con Israel através da Universidade Estatal.

Estes programas de intercambio comezaron hai vintesete anos, en 1992, e son pagados mediante subsidios do Departamento de Xustiza dos Estados Unidos e de gobernos estatais e locais. Varias forzas de policia participaron en programas deste tipo, incluídos as dos estados de Tennessee, Alabama, Arizona, Arkansas, California, Florida, Georgia, Indiana, Carolina do Norte, Kansas, Kentucky, Luisiana, Michigan, Mississippi, Nevada, Michigan, Nova Jersey, Nova York, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Ohio, Oklahoma, Pensilvania, Carolina do Sur, Texas, Utah, Virginia, Washington, Washington, DC e Virginia Occidental. Nalgúns estados e localidades, o programa de intercambio é xestionado pola Liga Anti-Difamación, que tamén patrocina seminarios de propaganda sobre técnicas israelies de anti-terrorismo en todo o territorios dos EUA.

Contodo, algúns estados e cidades, preocupados polo vínculo coas forzas policiais militarizadas e a súa participación na brutal ocupacion de  Palestina, comezan a retirarse do programa de capacitación. Recentemente, a Policía Estatal de Vermont, o departamento de policía de Northampton, Massachusetts, e a policía da cidade de Durham, Carolina do Norte, cancelaron o programa que estaba previsto realizar en Israel.

As técnicas de patrulla israeles parten do concepto nós contra eles, contra o 20% dos cidadáns de Israel que son palestinos, considerados inimigos. O contrario acontece cos colonos que usurpan as terras dos palestinos e son protexidos de maneira automática pola policía por seren xudeus. A vixincia selectiva baseada na raza ou a orixe étnica podería ser outro presente de Israel aos policías estadounidenses que son treinados no estado sionista. En Israel, recórrese con frecuencia á forza letal sobre a base de disparar a matar en calquera incidente que involucre árabes e xudeus, mesmo cando non existe ameaza grave.

A técnica máis utilizada pola policía israelita para someter un palestino é colocar o xeonllo no pescozo, a mesma coa que Derek Chauvin acabou coa vida de George Floyd. O Estado de Minnesota participou activamente nos programas de capacitación impartidos por policías de Israel, incluindo os máis de 100 axentes que seguiron unhas xornadas de intercambio celebradas en 2012 en Mineapolis, organizadas polo consulado de Israel en Chicago. Unha parte do programa, consistira en aprender procedementos de inmobilización empregados pola policía e o exército de Israel. Na organización destas xornadas colaborara o FBI, en instalacións facilitadas pola cidade. O goberno federal e o estado pagaron os gastos.

Aínda que non se sabe se Chauvin seguira este programa específico, consta que as técnicas israelies foron incorporadas ao manual policial da cidade, malia que, como era de esperar, agora o manual teña sido eliminado da rede. Porén existe unha copia arquivada da sección máis importante que trata sobre técnicas para controlar alguén que se resiste á detención, pode verse aquí. Inclúe ‘Política de uso de forza do Departamento de Policía de Minneapolis: 5-311, Uso de inmobilización no pescozo: opción de forza non letal. Definido como a compresión dun ou ambos os lados do pescozo dunha persoa cun brazo ou unha perna, sen aplicar presión directa sobre a tráquea ou as vías respiratorias (fronte do pescozo). É certo que se fan algunhas advertencias sobre o uso desta técnica, mais en xeral considérase aprobada para someter alguén que se resiste á detención. A reconstrución do asasinato de Floyd probou que vitima non se resistira á detención.

Todo iso significa que o oficial Derek Chauvin usou unha técnica ensinada á policía estadounidense por treinadores israelies, con independencia do seu letal criterio de aplicación. Os advogados de Chavin, poderán argumentar, que o seu defendido aplicou unha técnica do manual policial da cidade de Mineapolis e que aprendera a praticala nun programa de capacitación impartido pola policía de Israel.

Militarización crecente da policia nos EUA

o contexto da guerra contra o terrorismo lanzada a partir do 11S, a policía recibe nos EUA equipamento militar excedente, incluídos carros blindados, courazas e armas automáticas. Pregúntome, por exemplo, que fixo o meu condado semi-rural de Virginia co vehículo blindado que nin sequera quería o departamento do shériff local. Por outro lado, os axentes reciben formación a cada máis frecuentemente en tácticas anti-terroristas e en manexo de equipo específico para respostas de ataques terroristas que poden seren empregadas en intervencións normais, como comunicacións de detención ou cobro de multas das bibliotecas públicas

A historia mostra que as mudanzas de actitudes e crenzas aparentemente arraigadas acontecen regularmente, embora por veces o proceso sexa lento. Entretanto hai que promova esquemas máis radicais. Unha das ocorrrencias máis divertidas foi a publicada por Alyssa Rosenberg no Washington Post, onde defende que estamos na hora de Hollywood e os media de entretenimento se involucraren eliminando filmes e series de TV en que a policía sexa presentada de maneira positiva.

“O que Hollywood pode facer é deter de inmediato a produción de programas de policía e filmes e repensar as historias que conta sobre a policía nos Estados Unidos. Durante un século, Hollywood colaborou cos departamentos de policía, contando historias que ocultaban os tiroteos e puñan en valor a acción de heroes policiais antes que o traballo. máis duro e menos dramático, de construír relacións cos policías da comunidade obrigadas a servir e protexer as persoas. O resultado é unha adición ás historias que retratan os departamentos de policía como máis efectivos do que realmente son, os crimes como máis frecuentes do que realmente son e o uso policial da forza como unha necesidade ineludíbel. É verdade que entre a realidade e a ficción sempre hai fendas, mais sabendo como funciona a policía nos Estados Unidos, a versión de Hollywood máis que fantasía parece complicidade”

Rosenberg ten un punto, mais os programas de televisión e os filmes son ficción e a maioría das persoas son capaces de ver unha historia entretida sen a tomar por realidade. Non hai nada particularmente malo en crer que os policías deberían ser bos individuos que resolven crimes graves, o que de feito fan moitos policías. Rosenberg pede máis representación dos policías como parvos que pasan a maior parte do tempo pondo multas de tránsito e escribindo relatorios. Se tivese vivido no XIX sería sen dúbida liberal pacifista, se tal cousa existise nesa altura. Aconsellaría a Tolstoi que os soldados rusos pasasen a maior parte do tempo descascando patacas, fumando e queixándose en lugar de marchar heroicamente en columnas para faceren frente a Napoleón en Austerlitz.

Traducido ao Galego por ESCULCA, observatorio para a defensa dos dereitos e liberdades.

Information Clearing House