Todalas entradas de Terrasenamos

A obra de Fernando Ortiz foi declarada “Patrimonio da Nación Cubana”

Ailin Resende – Habana

Dezaséis de xullo, a obra de Fernando Ortiz foi declarada Patrimonio da Nación Cubana en sesión celebrada no paraninfo do Colexio Universitario San Gerónimo, no centro histórico da Habana, ao se cumpriren 138 anos do nacemento do autor de Los Negros Esclavos. Abel Prieto, presidente da Sociedad Cultural José Martí dixo que era un acto de xustiza para o pai da antropoloxía cubana e citou un parágrafo do ensaio Factores Humanos de la Comunidad (1949) no que Ortiz denuncia a vontade negativa de certos cubanos contra a súa nacionalidade de orixe, por un complexo de inferioridade. Ortiz formara parte do histório Grupo Minorista fundado en 1923 por Rubén Martinez  Villena, Marinello, Alejo Carpentier, Julio Antonio Mella e José Manuel Acosta que proclamaron a continuidade do nacionalismo emancipador martiano e refundaron o anti-imperialismo cubano que se manifesta no Moncada e dá lugar á Revolución.

Fernando Ortiz dixo que sen o legado da africanía non se poderia comprender a cultura de Cuba. (Na imaxe, Oshun de Manuel Mendive)

O tributo a Ortiz foi presentado por Miguel Barnet, presidente da fundacion que leva o nome do fundamental antropólogo, adiantado no concepto da transculturación e na constatación de que Cuba sen a Africanía non sería Cuba. Barnet, citou a afirmación de Ortiz no limiar de Cuentos Negros de Cuba de Lydia Cabrera, onde dí que un pobo que se nega a si mesmo, vai cara ao suicidio. Barnet cita o fundamental Contrapunteo cubano del tabaco y del azúcar no que Fernando Ortiz, en 1940, apunta as orixes e as causas da economía dependente da Illa e do seu marco político e asegura que o sucre é foráneoo e nocivo e o tabaco autóctono, emancipador e afrodisíaco. “Cuba non sería en verdade independente -escribe Ortiz- sen se librar desa retorta serpe da economía colonial que se nutre dos seus campos, mais agana ás súas xentes e enguedéllase na palma do noso escudo republicano, converténdoo nun signo do dólar estranxeiro”.

Abel Priero recorda outros intelectuais de Cuba que identificaron na República neo-colonial distintas maneiras de se sentir e asumir  como cubanos. Elías Entralgo, diferenza  a cubanía progresiva da cubanidade estacionaria conservadora, a mesma que consertou os corpos de voluntarios baixo a dominación española, fronte as insureccións de 1868 y 1895.

A José Antonio Foncuev, que opón o patriotismo abnegado, comprensivo e previsor a despeito de outro pitoño, falso e declamativo e acusa aos que traidores aos máis altos e lídimos intereses do país, semellan propietarios exclusivos dunha delicadísima sensibilidad patriótica.

A Jorge Ibarra que denunciou o Mito Teodoro Roosevelt  promovido por sectores influintes da illa na morte do político e militar ianqui en 1919, considerado campeón da liberdade de Cuba, pai amoroso da República plattista que algúns chegaron a comparar cos pais da patria cubana. “Nada máis lonxe da cubanía que este vergoñento pesadelo”.

A presenza de Ortiz está asegurada en Cuba pola seminal e activa fundación que leva seu nome.  Co gallo da declaración patrimonial da súa obra, Abel Prieto sinalou a reaparición do auto-noxo en Cuba baixo a espécie dunha colonización cultural que idealiza a felicidade coma un nirvana que só pode realizarse no capitalismo. “Un capitalismo que multiplica o estrago e o consumo  neurótico a partir de falsas necesidades: están a destruir o planeta e os seus poboadores”.

Lindo ser comunista, mesmo que cause dores de cabeça

Raúl Antonio Capote – Granma

O Artigo Um da Constituição afirma claramente que Cuba é um Estado socialista de direito e justiça social, democrático, independente e soberano, e o Artigo Cinco reafirma que é o Partido Comunista de Cuba, único, martiano, fidelista, marxista e leninista, avanguarda organizada da nação, a principal força política da sociedade e do Estado que organiza e orienta os esforços comuns na construção do socialismo e o avanço rumo à sociedade comunista. Estamos no caminho que escolhemos e defendemos: o socialismo com seu passado e sua gênese do futuro. O socialismo como caminho para o domínio da plena realização humana, a sociedade do bem-estar, do bem viver, não apenas pelos níveis alcançados de justiça e equidade, mas também pelos altos índices de desenvolvimento, fruto dos avanços das ciências, da tecnologia, dos meios de produção e das forças produtivas, desencadeadas, livres, altamente qualificadas: a sociedade comunista.

A Constituição de Cuba define que nunca voltará ao capitalismo e que só no socialismo e no comunismo o ser humano atinge a plena dignidade.

O socialismo se parece com o homem, assim como o fascismo é a negação do homem. O socialismo é «o caminho» não isento de erros para o comunismo, é um caminho de justiça cheio de obstáculos, marcado por desafios, retrocessos e avanços. «Na construção socialista, planejamos a dor de cabeça que não a torna escassa, mas pelo contrário. O comunismo será, entre outras coisas, uma aspirina do tamanho do Sol».

O capitalismo procura semear a falta de fé no ser humano, exalta o cinismo, o ego reverenciado, como Ayn ​​Rand definiu o homem ideal do capitalismo: «Enquanto o criador é egoísta e inteligente, o altruísta é um imbecil que não pensa, não sente, não julga, não age».2

Antes da Revolução Francesa, houve uma profunda batalha de ideias na Europa, antes das revoltas revolucionárias, uma nova maneira de ver o mundo abriu o caminho. O Iluminismo plantou a semente que propiciou a Revolução. Um consenso foi criado em toda a Europa, emergiu uma Internacional espiritual burguesa. «Toda revolução foi precedida por um intenso trabalho de crítica, de penetração cultural, de permeação de ideias”.3

Se a nossa maneira de ver o mundo é marcada pela axiologia do capitalismo, se o nosso princípio básico ainda é ter, a todo o custo, acima do ser humano, se o egoísmo é o sinal que move nossas vidas, se vemos a miséria como um tipo de fatalismo e a sociedade dividida em classes como algo natural e imutável, se não temos fé no ser humano e em sua capacidade de entrega, em seu altruísmo, do que estamos falando?

Não é com os mísseis, não é com exércitos, não é com forças policiais apenas com o que os poderosos garantem o domínio, as defesas do capital estão no inconsciente dos indivíduos e são mais poderosas do que a arma mais moderna desenvolvida pelo complexo militar industrial. Elas fazem com que os dominados ajam contra seus interesses e defendam os governos que os oprimem. É difícil libertar-se do sonho narcótico do consumo e do individualismo atroz.

O sistema de educação do capitalismo é projetado para treinar o homem do capitalismo. Exalta a competição, a falta de solidariedade, o individualismo. «A classe que tem os meios de produção material tem, ao mesmo tempo, os meios de produção ideológicos».4

Na sociedade capitalista, o homem vive uma ilusão de liberdade, é uma mercadoria e entre mercadorias — pois esse é o homem do capitalismo — não pode haver solidariedade, mas sim competição.

A solidão de um homem esmagado pela maquinaria produtiva e do comércio é o sinal do capitalismo, é o ser humano alienado, submetido à violência da propaganda, sitiado dia e noite, cercado de cantos de sereia, manipulado e incentivado a comprar e comprar coisas às que, muitas vezes, não pode acessar, ou objetos dos que não está precisando. A situação do homem no capitalismo subdesenvolvido, depreciado totalmente seu valor mercantil, é ainda pior.

O medo natural do homem de se aventurar no mundo desconhecido da liberdade é astutamente explorado pelo capitalismo. O homem que descobre esse mundo tem duas opções diante da inquietação gerada por tal descoberta: ou retorna à calma perdida ou se declara livre e corre o risco de mudar o mundo e construir relacionamentos baseados no amor.

Nós, revolucionários, sonhamos, mas não vivemos nas nuvens. Nós sonhamos, mas nós construímos. Nós, revolucionários, devemos ser apaixonados, em movimento, envolvendo todos, revelando essa nova realidade no caminho, ensinando nossa doutrina baseada na possibilidade, na ciência e no amor à vida, aos seres humanos, à natureza. Nós devemos ser transformadores e rebeldes.

Marx descreveu a sociedade comunista como uma associação de indivíduos livres: «A única sociedade em que o livre desenvolvimento dos indivíduos deixa de ser uma mera frase»5, no comunismo, o livre desenvolvimento de cada um será a condição para o desenvolvimento livre de todos.

A nossa Constituição define no preâmbulo a convicção de que Cuba nunca voltará ao capitalismo e que só no socialismo e no comunismo o ser humano atinge a plena dignidade.

1 Roque Dalton: Sobre dolores de cabeza.

2 Ayn Rand: El manantial. Editora Grito Sagrado, Buenos Aires, Argentina, 1993, pp. 145-146.

3 Compilação de Gerardo Ramos e Jorge Luis Acanda: Gramsci e a filosofia da praxe. Editora Ciencias Sociales, Havana, 1997, pp.106-107.

4 N. Ivanov, T. Beliakova, E. Krasavina: Karl Marx, sua vida e sua obra, Godley Books, United, Kingdom, 2011.

5 Karl Marx, Friedrich Engels: A Ideologia Alemã, In: MECW. Vol. 5, p. 439.

“Save the Children” di que Cuba é o primeiro pais de Latinoamérica en saúde, formación e cuidado infantil

Information Clearing House – Terra Sen Amos

A organización británica Save the Children (STC) indica que tanto o coidado, coma a formación e protección da infancia en Cuba, garantida polo Estado Socialista,  é a mellor de toda Latinoamérica e o Caribe. STC foi fundada en 1919 en Inglaterra, opera coma organización non gobernamental  en todo o mundo e publica un informe anual construido sobre indicadores internacionais contrastados en 176 paises, de sobrevivencia infantil, educación, nutrición, defensa contra traballo de menores, violencia ou desprazamento. No inquérito de 2019, Cuba recibe, por terceiro ano consecutivo, o lugar de excelencia de Latinoamérica e Caribe.

Todas as organizacións internacionais de Saúde e Educación, recoñecen a excelencia de Cuba en cuidado e formación infantil.

Nancy Ramírez, directora do departamento de defensa legal da ONG, comentou que Guatemala era o pais do continente cos peores resultados do continente, seguida de Haiti, segundo o inquérito extraordinario sobre as condicións da infancia no mundo, publicado por Save the Children ao cumprir cen anos.  Ramírez dixo que a violencia seguía a ser a primeira causa de morte de cativos en Latinomérica e o Caribe, con 70 vidas roubadas no último ano.

A asociacion STC é recoñecida internacionalmente polos seus programas voluntarios de saúde infantil, nutrición, atención en emerxencias, calidade educativa, dereitos de menores e erradicación da trata, explotación laboral infantil e o VIH/SIDA, entre outros.

A británica STC non fai senon sumarse ao acordo das organizacións internacionais sobre a excelencia de Cuba na atención médica, a educación en todos os niveis e nomeadamente no que se refire a poboación infantil. UNICEF salienta que Cuba é o único pais sen desnutrición infantil de América Latina. En Colombia, con gobernos asociados aos EUA, rexístrase unha morte por desnutrición cada 33 horas; en Guatemala, a metade da poboación menor de 5 anos padece desnutrición crónica.

A ausencia de meniños da rúa é outro dos feitos que fan de Cuba unha excepción na realidade de Latinoamérica. México por exemplo, con ben máis recursos ca illa, ten case 4 millóns de menores explotados.

A FAO identifica en Cuba o máis baixo índice estatístico de sub-nutrición, distante do de Haiti, por exemplo, con case o 52% da poboación afectada. A UNESCO sinala Cuba como único pais de América Latina que cumpre ao 100% o programa  de Educación para Todos.

Igual que os seus once predecesores: Trump promete acabar con Cuba

Iroel Sánchez –Al Mayadeen

Entrevistados polo sitio EconomicEyeOn Cuba, dous funcionarios da administración Trump apuntaban 8 de abril deste ano: “ás nosas sancións directas a Venezuela e as sancións directas e indirectas a Cuba, producirán cambios na economía cubana por mor do que a Administración de [Juan] Guaidó está a facer contra ás exportacións de petróleo a Cuba. Axudamos ao presidente interino Guaidó para o réxime cubano non receber máis petrólo e ter que axustarse á perda do 30% ou máis das súas importacións de hidrocarburo, fuertemente subsidiadas. A economia da illa terá que se axustar as leis do mercado que queiran que noon. A bancarrota chegaralles antes do que pensan”.

Repítese a historia: outro goberno do Norte promete acabar coa independencia de Cuba. Con Trump xa son 12 presidentes

Desestabilizar Venezuela co fin de provocar a ruina de Cuba non é novo nin foi Trumpo quen o inventou. Tentando unha normalización con Cuba, Barack Obama desataba contra o principal aliado político e económico da illa unha guerra económica sen cuartel tras declarar ao goberno de Caracas ameaza inusual e extraordinaria para a seguridade dos EUA, procurando maior dependencia de Cuba do proceso que a prensa dominante alcuñou de baixada do souflé bilateral.

Obama empregara artes da sedución para convencer aos cubanos de desmontaren por si o socialismo que o Bloqueo, que el xulgaba fracasado, non dera feito; Trump –asexado  polos máis reaccionarios do seu gabinete e a ultradereita miamense- optou dende a súa chegada á Casa Branca, pola máis agresiva das políticas contra Habana.

Esmorecer a economia de Cuba reducindo os seus ingresos en divisas, quer pola eliminación dos servizos médicos cubanos a Brasil que o goberno de Jair Bolsonaro cancelou, quer boicotando os acordos de intercambio de petróleo por  traballo de profesionais cubanos da saúde en Venezuela, é só unha parte da agresión trumpista. Hai que lle engadir a prohibición das viaxes de estadounidenses á Illa, que Obama autorizara sen ser turismo, e o recrudecimiento do cerco financeiro contra Cuba (un aspecto no que Obama non dera cuartel, elevando ao máximo as multas a bancos internacionais por realizaren transaccións coa illa bloqueada) Trump asinou a entrada en vigor do título III da Lei Helms Burton para espantar o investimento estranxeiro, que o goberno cubano proclamara factor estratéxico.

Plataforma neocolonial

Provocar apuros e atrancos na vida diaria dos cubanos, que un aparello de guerra sicolóxica amplifica e manipula en Internet a través de publicacións que cobran do goberno estadounidense e do sistema de medios de comunicación privados, tamén financiados desde o exterior, que a era Obama inzara na Illa. Unha regra de ouro para os dous casos,: achacar os problemas provocados ás insuficiencias do sistema económico existente en Cuba, sen facer mención da guerra económica estadounidense e ofrecendo como remedio (que queiras que non) a restauración capitalista. O Presidente cubano chámao polo seu nome: plataforma neocolonial que pretender aplicarnos con andrómenas e biosbardos inventados polo neoliberalismo.

Engadamos ao lote a situación creada por Trump arguindo uns ataques sónico que ninguén cre contra o seus diplomáticos para pechar o consulado na Habana e así obrigar aos cubanos a viaxar a un terceiro país para tramitaren visas estadounidenses (recortadas en prazo, a maiores) Aumentar a presión da caldeira e pechar válvulas para facela estourar: eis o plano dos extremistas de Miami contra Cuba, nun tempo de eleccións no que o voto cubano-americano de dereita en Florida, pretende ser decisivo para a reelección de Trump.

E como non reparar no acontecido en Cuba nos últimos meses? Logo de Trump ameazar a o voto socialista no Referendo Constitucional, o 87% dos votantes pronunciouse polo socialismo baixo a direción do Partido Comunista. O apoio ao Presidente Díaz-Canel, electo en abril de 2018, medrou pola súa xestión de fenómenos naturais e o recrudecimento do Bloqueo, a reforma do aparello estatal lastrado pola burocracia e a ineficiencia, a solución por novas vías de problemas vellos como a vivenda e a produción de alimentos.


A contestación de Cuba ás agresións económicas dos EUA marcou un momento decisivo nos últimos dias de xuño. Non foi unha boa noticia para o goberno dos EUA:  Cuba reafirmaba a histórica opción polos humildes e decidía que fose os traballadores e traballadoras quen establezan os planos de produción das empresas estatais para o ano 2019; o anuncio dun paquete de medidas económicas que, nas antípodas do esperado polos partidarios do Bloqueo e as comparsa da plataforma neocolonial e neoliberal, comeza por un incremento de case 70% dos salarios do sector orzamentado, case millón e medio de empregados na saúde, a educación, outras esferas sociais e a administración pública. O resultado dependerá de manter o índice de prezos ao consumo e estimular o incremento das exportacións, sustituir importacións e os encadear produción no interior da economía, incluíndo o sector privado e o investimento estranxeiro.

Desde a súa chegada ao goberno e ao liderado do Partido Comunista, Raúl Castro encabezou un profundo proceso de autocrítica que puxo en primeiro plano as deficiencias internas e, os problemas estructurais da economía cubana, buscando un reforzamento da institucionalidade, a descentralización do goberno e unha economía máis diversificada con maior protagonismo de actores privados, tanto nacionais como estranxeiros, e cunha empresa estatal fortalecida.

Non han faltar contradicións, retrocesos e necesarias rectificaciones neste proceso. Porén, mália o atranco maior do Bloqueo, o Goberno de Cuba reforza outro obxectivo común: potenciar a intelixencia, a creatividade, o esforzo.

As prioridades son a economía e a preparación do país para a defensa. Non hai motivos para dubidar da experiencia e efectividade das estratexias trazadas por Cuba. Nunha entrevista dirixida ao electorado de Miami, Trump di que el vai resolver por fin o de Cuba. Analizando a historia e as máis recentes decisións cubanas, parece que na Illa prepáranse máis ben para dicirlle adeus a Trump dende o muro do Malecón. Igual que antes fixeran cos once presidentes que precederon ao magnate.

O presidente de Cuba critica demoras na administración da cultura que favorecen a corrupción

Lina Barreiros – Terra Sen Amos (Habana)

A crítica dunha administración de cultura que parasita a creación e favorece a corrupción, provocou un longo aplauso de recoñecemento no IX Congreso da Unión de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC) Quen lanzaba esta acusación era o presidente de Cuba no seu esperado discurso de clausura dos debates. Diaz-Canel citou as protestas de “artistas e creadores que deben xestionar absolutamente todo para difundir ou promocionar seu traballo, mentres quen terían a responsabilidade de facelo exercen unha sorte de parasitismo dende a inactividade” e dixo que era “un segredo a voces que ese parasitismo favorece a corrupción”. Na súa esperada intervención, o Presidente declarou que a misión máis importante da Cultura era “desatar unha irreconciliabel batalla contra a incultura e a indecencia e que nesa briga, os creadores deberán ser máis actores que espectadores, , como pedira Fidel no seu nomeado discurso Palabras aos intelectuais.

A Revolución multiplicou o acceso a cultura. O mundo admira a promoción do libro e dos eventos de arte, música e debate en toda Cuba.

O optimismo polo avance revolucionario da cultura, a instrucción e a información nos últimos 60 anos da historia de Cuba, dominou a intervención de Diaz Canel que cualificou de  milagre a proliferación de espectáculos de danza, teatro, concertos, estreas de cine, feiras do libro, de artesanía, mostras, leccións de arte ou sesións de música popular. “Un país bloqueado durante seis décadas, perseguido con saña e infamia até na xestión de medicamentos infantís, censurado e deformado polos medios máis influintes do planeta, non se conformou só con resistir e sobrevivir (…) somos unha Revolución que pode presumir de ser contada e cantada, dende as súas orixes, co talento e a orixinalidade dos seus artistas e creadores, intérpretes xenuinos do acervo popular e tamén dos desacougos e esperanzas da alma cubana”.

Lembrou que esta revolución da cultura era un legado que a súa xeración debia aos fundadores “dende Céspedes a Martí e aos creadores que continuaron as súas loitas e mormente a Fidel, o indiscutiblel intelectual e guía da xeración histórica que, xunto coa entrega da terra e as fábricas aos traballadores, alfabetizóu, universalizóu o ensino, criou poderosas institucións culturais e nos momentos máis duros ensinóunos que a cultura é o primeiro que hai que salvar

Fidel soubera prever os riscos que para a identidade, a cultura e a unidade do pobo poderían vir da avalancha colonizadora que avanzaba da man da globalización, co acceso masivo ás novas tecnoloxías, inzado polos mercaderes modernos, non para enriquecer senón para empobrecer a capacidade crítica e o pensamento liberador. “Consciente de que esas tecnoloxías de acelerado desenvolvemento serían unha poderosa arma de educación e multiplicación do coñecemento á que a Revolución non podía renunciar nin acceder tardíamente –engadiu o Presidente-  Fidel creou a Universidad de Ciencias Informáticas (UCI) e paralelamente alertóu á sociedade cubana sobre a importancia de salvar a cultura”.

Internacionalizar a cultura cubana

Na súa intervención, animou á UNEAC a estimular a proxección internacional das industrias culturais de Cuba e a non esquecer que pésia o criminal cerco imperial contra a defensa da soberanía e liberdade da illa, mesmo nos EUA abríronse bufardas por onde entraron a música, as artes plásticas, o ballet, a danza e o teatro cubanos e outras manifestacións culturais.

Citou iniciativas como a Rede de Intelectuais e Artistas en Defensa da Humanidade e outros proxectos culturais nacido en Cuba para invitar a avangarda a proxectar o seu traballo en todo o mundo au tempo que contribuise a alimentar e soster a espiritualidad da nación.

Referiuse o presidente noutra parte da súa intervención, á relación entre Revolución e avangarda intelectual e artística e o pobo, “proposta avanzada  de Fidel que non toda a intelectualidade tiña tan claro naquela altura” mesmo co tempo xeneralizou a comprensión de que a Revolución eran os intelectuais, as súas obras e era o pobo.”Por iso –engadiu- resulta reduccionista limitarse a citar a súa frase fundamental Dentro da Revolución todo, contra a Revolución nada, esquecendo que a Revolución é máis que Estado, máis que Partido, máis que Goberno, porque Revolución somos todos os que a facemos posibel en vida e en obra. Hoxe temos o deber de traer os seus conceptos aos nosos días e defender a indiscutibel vixencia do que anunciara Fidel, evaluando o momento que vivimos, os novos escenarios, as plataformas neocolonizadoras e banalizadoras que tentan impor necesidades e, asemade, posibilidades que os anos e os avances tecnolóxicos abren”.

Recordando que o goberno dos EUA destina novos e maiores fondos á subversión, denunciou “o que din algúns contra os seus propios compatriotas nas Redes, do que é doado colexir que aspiran a gañar o penoso boleto. Apóstatas, chamaríaos Martí. Pregúntome se alguén cre que por servir ao que nos bloquea e renegar da súa propia raiz, vanlle abrir para sempre o portelo. A Revolución que resistiu 60 anos por saber defenderse, non vai deixar os seus espazos institucionais en mans de quen serven ao inimigo, sexa porque denigran calquera esforzo por resistírmos o cerco económico ou porque benefícianse do fondos para destruír á Revolución”.

Diaz-Canel dixo que os límites a libre creación comezan onde non hai respecto para os símbolos e os valores sagrados da Patria e no remate do seu discurso defendeu un país libre, independente e soberano, fiel a historia propia, garante da xustiza e a distribución xusta da renda, respectuoso da dignidade plena das persoas, no que se preserve o acceso gratuito e universal á educación, avanzando cara a un desenvolvemento económico equilibrado e sostibel, próspero, integrador, participativo, solidario e que recuse todas as formas de discriminación.

O discurso foi varias veces interrompido por aplausos, especialmente prolongados e con aclamacións de parte da asemblea, cando fixo mención dos atrancos burocráticos á creación.

O Presidente corresponde ao compromiso expresado durante a súa toma de posesión en abril de 2018 de alentar a vencer indisciplinas e erros.  Fins de xuño, na Asemblea dos Economistas, asegurou que Cuba enfrontaba un bloqueo xenocida e, asemade, vivía unha loita contra outro bloqueo interior, expresado na mentalidade importadora, inimiga da creatividade, o endebedamento excesivo, os atrancos na xestión, a corrupción e as ilegalidades. https://terrasenamos.org/creatividade-e-dilixencia-para-combatir-o-cerco-dos-eua-e-superar-o-bloqueo-interior/