Miguel Diaz-Canel, novo presidente de Cuba, nasceu depois da Revolução

Granma

Cuba tem a partir de hoje um presidente nascido depois da Revolução, formado na escola pública socialista e educado nas instituições do primeiro estado marxista de América. Miguel Mario Díaz Canel, recém eleito como Presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, foi dirigente da União de Jovens Comunistas, cumpriu missão em Nicarágua, exerceu como Primeiro Secretário do Partido nas províncias de Villa Clara e Holguín, e foi Ministro de Educação, Vice-presidente do Conselho de Ministros e Primeiro Vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba. Raúl valorizou ao novo presidente “por a súa preparação e dedicação terá sucesso absoluto na tarefa que lhe encomendou nosso órgão supremo do Poder Popular.O companheiro Díaz-Canel não é um improvisado, ao longo dos anos demonstrou capacidade de trabalho, solidez ideológica e compromisso para a Revolução. Sua formação não foi fruto de apresuramentos”.

O novo presidente de Cuba formouse á beira da vellha guarda da Revolução.

A primeira intervenção de Díaz-Canel começou com o reconhecimento da liderança do general-de-exército Raul Castro, que foi o candidato com o maior número de votos nestas eleições gerais vividas pelo país, bem como os Comandantes da Revolução, entre os de maior número de votos, «os quais estão nesta sala e isso nos dá a oportunidade de abraçar a história».

Ele também se referiu às «tentativas escuras de nos destruir», por parte daqueles que não conseguiram destruir «o templo de nossa fé».

«Com este período legislativo, enfatizou, acaba o processo eleitoral dos últimos meses que o povo realizou, consciente de sua importância histórica, termina. O povo elegeu seus representantes, com base em sua capacidade de representar as localidades, sem intermediar uma campanha, sem corrupção ou demagogia. Os cidadãos distinguiram estas pessoas humildes, trabalhadoras e modestas como seus representantes genuínos, os quais participarão da aprovação e implementação de políticas aprovadas.

Em sua opinião, «este processo contribuiu para a consolidação da unidade em Cuba».

Sobre as expectativas que as pessoas poderiam ter sobre este governo, notou que o novo Conselho de Estado deve continuar «agindo, criando e trabalhando incansavelmente, em permanente vínculo com seu nobre povo».

Díaz-Canel também acrescentou que se alguém gostaria de ver Cuba em toda a sua composição, seria o suficiente ver nossa Assembleia Nacional, com todas as mulheres ocupando posições-chave no Estado e no governo. No entanto, ele advertiu, não importa o quanto nós nos parecemos com o país que somos, como o compromisso que assumimos com o presente e o futuro de Cuba. O Conselho de Estado e de Ministros têm a razão de estar no vínculo permanente com a população.

O novo presidente observou como na sessão de encerramento do Congresso do Partido, o general-de-exército deixou claro que sua geração entregaria aos ‘novos pinheiros’ as bandeiras da Revolução e do socialismo que significa, entre muitas razões – que o mandato dado pelo povo a esta legislatura é crucial e devemos aperfeiçoar nosso trabalho em todas as áreas da vida da Nação. «Eu assumo a responsabilidade com a convicção de que todos os revolucionários, a partir de qualquer trincheira, vamos ser fiéis a Fidel e Raul, atual líder do processo revolucionário»

Em seguida, salientou que os homens e mulheres que forjaram a Revolução «nos dão as chaves de uma nova fraternidade que nos transforma em companheiras e companheiros. E destacou como outra conquista herdada, a unidade que se tornou invulnerável dentro do nosso Partido, que não nasceu da fragmentação. «Raúl permanece à frente da vanguarda política. Ele ainda é o nosso primeiro secretário como a referência que é para a causa revolucionária, ensinando e sempre pronto para enfrentar o imperialismo, como o primeiro, com seu fuzil na hora do combate».

Do desempenho revolucionário e político do general-de-exército, Díaz-Canel destacou seu legado de resistência e na busca da melhoria da Nação. «À dor humana antepôs o senso de dever», disse, em referência à perda física do Comandante-em-chefe Fidel Castro em 25 de novembro de 2016.

Da mesma forma, acerca de Raúl destacou sua dimensão como homem de Estado, formando um consenso nacional e a maneira pela qual liderou o processo de implementação das Diretrizes. Também destacou como Raúl tornou realidade o retorno dos Cinco Heróis, assim anunciado por Fidel.

Raúl marcou com seu próprio espírito as relações internacionais: conduziu as relações diplomáticas com os EUA, liderou a presidência pro tempore da CELAC, o processo de Cuba como garantia para a paz na Colômbia, e esteve presente em todos os diálogos regionais e hemisféricos, pondo em destaque as razões para a Nossa América. «Esse é o Raul que conhecemos», disse Diaz-Canel.

Pediu ao povo lembrar quando o general-de-exército, sendo muito jovem, participou da expedição do iate Granma, empreendeu a luta na Serra Maestra, foi promovido a comandante e desenvolveu experiências de governo que seriam aplicados no país depois do triunfo revolucionário.

«Eu sei das preocupações e expectativas de um momento como este, mas eu sei da força e da sabedoria do povo, a liderança do Partido, as ideias de Fidel, a presença de Raul e Machado, e sabendo o sentimento popular, reafirmou a esta Assembleia que o companheiro Raul vai liderar as decisões para o presente e futuro da nação», disse Diaz-Canel.

Confirmou que a política externa cubana permanecerá inalterada. «Cuba não aceita condições. As mudanças necessárias continuarão a ser feitas pelo povo cubano», acrescentou. Também exigiu o apoio de todos aqueles que ocupam responsabilidades administrativas em diferentes níveis da nação, mas, acima de tudo, do povo. «Teremos que exercitar uma direção cada vez mais coletiva. Fortalecer a participação das pessoas. Não venho prometer nada, como a Revolução nunca fez em todos esses anos. Eu venho cumprir o programa que nos propomos com as Diretrizes do socialismo e da Revolução», sublinhou acerca dos seus principais objetivos de trabalho”.

E quanto aos oposto  ao processo, disse: «Aqui não há espaço para uma transição que ignore ou destrua o trabalho da Revolução. Continuaremos em frente, sem medo e sem contratempos; sem renunciar à nossa soberania, programas de desenvolvimento e independência».

«Para aqueles que por ignorância ou má-fé duvidam do nosso compromisso, devemos dizer que a Revolução continua e continuará porque o mundo recebeu a mensagem errada de que a Revolução termina com seus guerrilheiros».

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