A porfia do goberno de Trump por desinformar e mentir contra a República Bolivariana e Chavista, ven de bater defronte coa verdade núa: Venezuela armada defende seu lexítimo goberno e e afirma o dereito a soberania; os axentes do imperialismo reclaman asilo non por salvaren a vida senón por agachar seu fracaso.
O goberno dos EUA e os seus aliados, rouban a luz do dia fondos
de comercio do Estado Bolivariano para depois acusaren ao goberno democrático
de Venezuela de causar a ruina do pobo; o mesmo gabinete de Trump procura
corromper a defensa militar bolivariana para fabricar a mentira dunha sublevación
interna, mais a opinión pública mundial sabe que os golpes de Estado proceden
sempre da oficina imperial. A mentira de Donald Trump é tan universalmente comentada
que revela, mal que lle pese, o perfil da decadencia do imperio.
A Asociación de Amizade Galego-Cubana Francisco Villamil celebra co goberno lexítimo de Nicolás Maduro o triunfo da verdade e a resposta prudente e xusta da avangarda e do pobo bolivariano contra a mentira, a sabotaxe e a violencia imperial.
“Faz três anos, hoje, que a Câmara dos Deputados, comandada por um deputado condenado por corrupção, aprovou a abertura de um impeachment (processo de afastamento do cargo presidencial) contra mim, sem que houvesse crime de responsabilidade que justificasse tal decisão. Aquela votação em plenário foi um dos momentos mais infames da história brasileira. Envergonhou o Brasil diante de si mesmo e perante o mundo. A sistemática sabotagem do meu governo foi determinante para o rompimento da normalidade institucional. Foi iniciada com pedidos de recontagem de votos, dias após a eleição de 2014, e com um pedido de impeachment, já em março, com apenas três meses de governo”, escrebe a presidenta Rousseff no meio Brasil de Fato.
“A construção do golpe se deu no
Congresso, na mídia, em segmentos do Judiciário e no mercado financeiro.
Compartilhavam os interesses dos derrotados nas urnas e agiam em sincronia para
inviabilizar o governo.
O principal objetivo do golpe foi o
enquadramento do Brasil na agenda neoliberal, que, por quatro eleições
presidenciais consecutivas havia sido derrotada nas urnas. Para tanto, uma das
primeiras ações dos interessados no golpe foi a formação de uma oposição
selvagem no Congresso. Seu objetivo era impedir o governo recém-reeleito de
governar, criando uma grave crise fiscal. Para isto, lançaram mão de
pautas-bomba que aumentavam gastos e reduziam receitas. Impediam também, de
forma sistemática, a aprovação de projetos cruciais para a estabilidade
econômica do país. E, nos primeiros seis meses de governo, apresentaram 15
pedidos de impeachment.
O ano de 2015 foi aquele em que ganhou
corpo essa oposição que atuava na base do “quanto pior, melhor”, e que,
insensível para as graves consequências da sua ação para com o povo e o país,
inviabilizava a própria realização de novos investimentos privados e
públicos, ao impor a instabilidade como norma. Uma crise política desta
dimensão paralisou e lançou o país na recessão.
Foi essa verdadeira sabotagem interna
que tornou praticamente impossível, naquele momento, atenuar sobre o
Brasil os efeitos da crise mundial caracterizada pela queda do preço das commodities (mercado de materias primas)
pela redução do crescimento da China, pela disparada do dólar devido ao fim da
expansão monetária praticada pelos EUA e, aqui dentro, pelos efeitos da seca
sobre o custo da energia.
O golpe foi o episódio inaugural de um
processo devastador que já dura três anos. Teve, para seu desenlace e atos
subsequentes, a estratégica contribuição do sistema punitivista de justiça, a Lava Jato, que sob o argumento de
alvejar a corrupção, feriu a Constituição de 1988, atingiu o Estado Democrático
de Direito e impôs a justiça do inimigo como regra.
A relação mídia-Lava Jato permitiu que a imprensa se transformasse na 4ª instância
do Judiciário, só tratando de condenar sem direito de defesa. A lógica política
dessa relação está focada na destruição e criminalização do PT – em especial de
Lula – e, para isso, utilizaram vazamentos às vésperas das eleições, delações
sem provas, desrespeito ao devido processo legal e ao direito de defesa.
O efeito colateral dessa trama foi a
destruição dos partidos do centro e da centro-direita, que se curvaram à
tentação golpista. Foi isso que permitiu a limpeza do terreno partidário tão
necessária para que vicejasse a ultradireita bolsonarista, como uma planta
solitária, na eleição de 2018. No entanto, a arma final e decisiva foi a
condenação, a prisão e a interdição da candidatura de Lula à presidência a fim
de garantir a eleição de Bolsonaro. A ida do juiz Sérgio Moro para o Ministério
da Justiça é a constrangedora prova desse dispositivo.
Por isso, o que aconteceu há três anos
explica e é causa do que está acontecendo hoje. Há razões mais do que
suficientes para que a história registre o 17 de abril de 2016 como o dia da
infâmia. Foi quando o desastre se desencadeou; se desencadeou ao barrar os
projetos dos governos do PT que tinham elevado dezenas de milhões de pessoas
pobres à condição de cidadãos, com direitos e com acesso a serviços públicos,
ao trabalho formal, à renda, à educação para os filhos, a médico, casa própria
e remédios. Interromperam programas estratégicos para a defesa da
soberania e para o desenvolvimento nacional, projetos que colocaram o Brasil
entre as seis nações mais ricas do mundo e retiraram o país do vergonhoso mapa
da fome da ONU.
O golpe resultou numa calamidade
econômica e social sem precedentes para o Brasil e, em seguida, na eleição de
Bolsonaro. Direitos históricos do povo estão sendo aniquilados. Avanços
civilizatórios alcançados no período democrático que sucedeu à ditadura militar
vão sendo dilapidados. Conquistas fundamentais obtidas nos governos do PT
passaram a ser revogadas. Este processo radicalizou-se com um governo
agressivamente neoliberal na economia e perversamente ultraconservador nos
costumes. Um governo com uma inequívoca índole neofascista.
O governo Bolsonaro continua se apoiando
na grande mentira midiática fundamento do golpe: a de que o Brasil estava
quebrado quando os golpistas de Temer assumiram o governo. Esta falsificação
dos fatos continua sendo brandida pela mídia e usada maliciosamente para
justificar a recuperação que nunca veio e os empregos que não voltaram. Nem vão
vir, enquanto durar a agenda neoliberal. A verdade é que o Brasil nunca esteve
sequer perto de quebrar, durante o meu governo.
Um país só está quebrado quando não pode
pagar seus débitos internacionais. Isto, por exemplo, aconteceu no governo FHC,
quando o Brasil teve de apelar ao FMI para fazer frente ao seu endividamento
externo e sua falta de reservas. Em 2005, o presidente Lula quitou
inteiramente a nossa dívida com o FMI e, depois disso, nossas reservas
cresceram, atingindo 380 bilhões de dólares e tornando-nos credores
internacionais.
Situação muito diferente do que acontece
hoje, infelizmente, na Argentina de Macri, submetida mais uma vez às absurdas
exigências do FMI
A mídia, por sua vez, não parou de
construir a lenda de que o governo federal estava quebrado e os gastos
públicos descontrolados. Só faria sentido dizer que o governo federal estava
quebrado se não conseguisse pagar suas próprias contas com tributos ou com a
contratação de dívidas. Isso não ocorreu no meu governo. O Brasil continuou a
arrecadar tributos e a emitir dívida, mantendo a capacidade de pagar suas
próprias contas.
É bom lembrar que a dívida pública
permaneceu em queda todos os anos, desde 2003, e atingiu o menor patamar
histórico, no início de 2014, antes do “quanto pior, melhor” dos tucanos
e dos demais golpistas. Mas, em 2015, a dívida pública subiu. Ainda assim,
mesmo com o aumento, a dívida permaneceu abaixo da registrada nas maiores
economias desenvolvidas e em desenvolvimento. O problema nunca foi o
tamanho da dívida. Mas, sim, o seu custo, que permanece entre os mais altos do
mundo, em razão das taxas de juros e dos spreads abusivos (diferença entre o valor que os bancos
pagam para captar recursos e o valor cobrado para emprestá-los) praticados no Brasil, pelo sistema financeiro nacional. O que,
aliás, explica seus lucros estratosféricos, mesmo quando o país passa por uma
crise.
A mídia insiste, até hoje, em dizer que
o meu governo perdeu o controle sobre os gastos, o que também não é verdade. O
fato é que que a arrecadação caiu mais rápido do que os gastos. Os gastos
cresceram, mas não em função do aumento da folha de salário dos funcionários,
que permaneceu constante. É importante ressaltar que o que cresceu foi o valor
das transferências sociais – como Bolsa Família e aposentadorias –, o que
cresceu foi a oferta de serviços aos cidadãos – em especial saúde e educação.
Todos esses dispêndios são fundamentais para resgatar injustiças históricas,
reduzir desigualdades sociais e desenvolver o país.
A verdade é que os gastos do governo
nunca estiveram descontrolados. Ao contrário, até caíram em termos reais. O que
houve foi uma rápida redução das receitas, devido à paralisia que um processo
de impeachment provoca nos investidores, que passaram a não ter segurança para
criar novos negócios, abrir novas plantas e ampliar investimentos, deprimindo
assim a economia e a arrecadação.
O governo Bolsonaro está ampliando um
legado de retrocessos do governo Temer, mantendo e até aprofundando a absurda
emenda do teto dos gastos, que reduz os investimentos em educação e na saúde; a
reforma trabalhista, que abriu portas para a exploração mais brutal e para a
leniência com o trabalho análogo à escravidão; a venda de blocos do pré-sal; a
redução do Bolsa Família; a extinção para os mais pobres do Minha Casa Minha
Vida e do Aqui Tem Farmácia Popular e a redução do Mais Médicos; a destruição dos
principais programas educacionais e a dilapidação da Amazônia e do meio
ambiente.
Culmina, agora, com a tentativa de
privatização (capitalização individual) da previdência social, com a
emenda 06, artigo 201—A, e a retirada das regras da previdência da
Constituição, com o artigo 201, o que permitiria mudanças legais, que não
exigem três quintos do Congresso para aprovação. As mudanças que o
governo quer fazer reforçam privilégios de uns poucos e sacrificam os
aposentados de baixa renda, as mulheres, os trabalhadores rurais e urbanos, bem
como aqueles que recebem o BPC.
Do “quanto pior, melhor” à prisão de
Lula, do dia 17 de abril de 2016 – dia da aceitação do impeachment pela Câmara, ao dia 7 de
abril de 2018 – dia da prisão de Lula, o caminho para o Estado de exceção foi
sendo pavimentado e as mentiras e falsidades da mídia tiveram um papel fundamental.
Mesmo os que se opõem a Lula mas prezam
a democracia se constrangem com o escândalo da sua prisão e condenação ilegal,
e já perceberam que ele é um prisioneiro político. Um inocente condenado sem
crime, e por isso sem provas.
Lula sintetiza a luta pela democracia em nosso país. Lutar por sua liberdade plena significa enfrentar o aparato neofascista – militar, judicial e midiático – que está destruindo a democracia. Lula é a voz da resistência e carrega o estandarte da luta democrática. Mesmo preso, é o maior inimigo do neofascismo que nos ameaça. Lula mostrou ao povo brasileiro, em cada gesto seu que se tornou público, que é possível resistir mesmo nas piores condições. A sua força moral nos fortalece, a sua garra nos anima, a sua integridade nos faz lutar por sua liberdade, que representa também as liberdades democráticas para todos os brasileiros”.
O Premio Lenin deste ano foi para Raúl Castro, por unha vida consagrada a inzar as razóns do socialismo e polo seu labor concreto para o avance socialista na América Latina, segundo un anuncio do Partido Comunista de Rusia (PCR) Dando a coñecer a resolución, o líder do PCR Guenadi Ziugánov dixo que “o pobo irmán de Cuba é un exemplo”. Iván Mélnikov, membro do Comité Central do partido, viaxará a Cuba para entregar a distinción a Raúl, durante as festividades do 1 de Maio. Raúl, Heroe da República de Cuba, é no de hoxe Primeiro Secretario do Partido Comunista e foi presidente do pais dende 24 de febreiro de 2008 até 18 de abril de 2018, ainda que desempeñara o cargo interinamente dende 2006.
O Premio Lenin mantén a súa sona para alén da desaparición
da Unión Soviética, e o PCR conserva a tradición de facer público a concesión en
22 de abril, data de nacimento do lider da Revolución de Outubro que vira ao
mundo en Uliánosk hai 149 anos. A
distinción nacera en 1925, no cabodano do fundador do Estado soviético, co
obxectivo de honrar contribucións capitais para o socialismo e o progreso da
ciencia, a literatura, a artes, a arquitectura e a tecnoloxía.
Hai
dúas décadas, Cuba e Rusia restableceron uns niveis de colaboración política, económica
e comercial que entraran en debalo coa liquidación do Estado Soviético. A alianza
de Rusia cos paises anti-imperialistas de América, é hoxe un elemento central
na longa batalla do continente pola independencia.
A Unión Europea e o Canadá compremétense a defenderen mutuamente os seus contratos comerciais e de negocio con Cuba e a ignoraren as sentenzas dos tribunais dos EUA contra propiedades nacionalizadas pola Revolución e legalizadas dende hai anos. O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, condenou a escalada do Bloqueo e recordou que o título III é igual de perverso que o I e o II da Lei Helms-Burton que dende 1996 (goberno de Clinton) multa a eito empresas que venden material médico, industrial, bens de comercio ou realizan xiros bancarios a Cuba. “Todas estas normativas anticubanas son arneiradas contra o pobo de Cuba, mais ninguén poderá arrebatarnos, por engado nin por forza, a Patria que os antergos gañaran de a pé para nós. O pobo cubano non se rende”.
O
ministro de Estado (Asuntos Exteriores) de Trump, anunciou que 2 de maio
vindeiro a xustiza dos EUA admitirá demandas contra propietarios de negocios
emprendidos en Cuba sobre bens que foran nacionalizados a empresas
norteamericanas. O ministro, ao que o exceso mórbido de peso non permite
atinxir a lectura das súas notas sobre o fascistol, invitou a negociantes
expropiados, sen mirar a data, a presentaren demandas perante a xustiza dos EUA
dacordo co rubro III da Lei Helm-Burton, aprobado por Bill
Clinton en 1996, porén adiado semestralmente dende aquela data, en evitación de
problemas dentro do tratado de comercio con Canadá o nos acordos da Organización Mundial de Comercio (OMC).
A
responsábel de Asuntos Exteriores e Política de Seguridade, Federica Mogherini
e a comisaria de Comercio, Cecilia Malmstrom, da UE, xunto a ministra de
Exteriores de Canadá, Chrystia Freeland, criticaron ao goberno de Trump por
recusar a suspensión do noxento título
III e ameazaron con demandar perante a OMC.
O ministro Borrell anunciara no Cumio da OTAN que o goberno de Madrid non
aceptaria a extra-territorialidade das leis dos EUA, en defensa dos intereses
económicos de seu e do dereito internacional.
A UE
fixo saber asemade, que coa medida lanzada, o goberno dos EUA incumpre os
acordos asumidos en 1997 e 1998, cando, a condición de a UE suspender una demanda
perante a OMC, o goberno de Washington comprometera
non aplicar o título III.
Reclamantes
dos EUA arrogaríanse o dereito de restitución ou pago de casas nas que viven
cubanos, predios sobre os que se erguen polígonos, terra agrícola onde cultivan
e producen, escolas onde se educan os seus fillos, hospitais ou policlínicos
onde reciben servizos médicos, solares de centros de traballo ou negocios
particulares; a lei institúe aínda acredores dos EUA polos servizos públicos de
electricidade, auga e comunicacións, hoxe subsidiados polo Estado cubano.
Para
o goberno de Cuba, esta pretensión é só imaxinábel nas mentes de quen
identifica o solo e bens cubanos coma posesión colonial. O Bloqueo económico só
podería cesar unha vez atinxido ese obxectivo da LeiHelms-Burton, que
descansa sobre dúas mentiras fundamentais: a noción de as nacionalizacións,
realizadas a pouco do triunfo revolucionario, seren ilexítimas ou indebidas e a
idea de Cuba constituír unha ameaza para a seguridade nacional dos EUA.
Cuba
recorda que as nacionalizacións foran amparadas por leis, con estrito apego á
Constitución e en conformidade co Dereito Internacional. “Todas as
nacionalizacións contemplaron procesos de compensación xusta e conformada, que
o goberno dos Estados Unidos negouse a considerar. Cuba honrou acordos globais
de compensación establecidos con outras nacións que hoxe invisten en Cuba como
España, Suiza, Canadá, Reino Unido, Alemania ou Francia”.
No ano 2015, Obama
proclamou que o Bloqueo era unha medida fracasada o que causou grande escándalo
ena contra de Florida. Porén, o presidente elevou a máximos históricos as
multas por comerciar con Cuba. Todas as forzas comprometidas no remate do
inhumano e interminábel cerco contra o pobo cubano, denunciaran a incoheréncia presidencial
mentres os republicanos de Washington vian no dobre discurso de Obama un
recurso contra a maioría do Congreso, contraria á apertura con Cuba. A Casa
Branca procuraba mover a opinión dos grupos de presión mediante un aumento
extraordinário de sancións contra empresas de todo o mundo por comerciaren con
Cuba.
A banca francesa BNP-Paribas fora obrigada a pagar 6.500
millóns de euros a Estados Unidos por ter servido de intermediaria financeira
coa administración cubana nunha transación de plena legalidade; a seguir, o
banco Crédit Agricole recibiu unha
sanción de 694 millóns de euros por admitir un pago en dólares dende Cuba. O
peso da Lei Helms-Burton caeu tamén sobre Banca
Morgan, por unha imputación semellante e contra innúmeros provedores.
Tres meses antes do
histórico anuncio de 17 de nadal de 2014, o presidente estadounidense renovara
a inxeréncia contra Cuba ao amparo da Lei de Comercio co Inimigo, de 1917.
Obama repetia de feito un esquema clásico da coerción imperial norteamericana
no que convivian a reconciliación formal coa dilación, a escalada e o ultimato,
como sucedera por acaso cos criminais Bombardeos de Nadal contra Vietnam
do Norte en 1972, cando xa o FNL fora invitado ao diálogo constructivo.
Disparando con multas que afectarian ás relacións internacionais dos grupos de
capital da maioría republicana do Congreso, Obama atinxia unha posición mellorada.
O ministro de Estado
de Trump dixo que “as concesións de Obama para realizar a democracia na illa,
fracasaran” e que por iso era preciso aumentar o cerco. Iroel Sánchez recorda
que ese castigo pasa xa dos 60 anos e escrebe no sitio Almayadeen: “Os que reclaman democracia a Cuba dende hai 60
anos, recrudecen o Bloqueo cando o pobo de Cuba elabora democraticamente unha
nova Constitución”.
A nova Constituição garante a continuidade da Revolução e a irrevogabilidade do socialismo. Deste modo resumiu Raúl Castro a nova Lei de Leis de Cuba, espelho das circunstâncias históricas da construção da sociedade revolucionária e sustento juridico das mudanças ocorridas com vista ao objetivo supremo de chegar a um socialismo cada vez mais próspero e sustentável, inclusivo e participativo. Raúl intervia como primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, na Segunda Sessão Extraordinária da 9ª Legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular, no ato de proclamação da Constituição da República, no Palácio das Convenções, em 10 de abril de 2019, «Ano 61º da Revolução». A nova Carta Magna elaborada pelo pôvo, sintetiza, em palavras de Raúl, as aspirações de uma nação que, ao longo de mais de 150 anos, lutara por uma Cuba livre, independente, soberana e de justiça social.
“É um privilégio excepcional para mim proferir as palavras centrais nesta sessão de proclamação da Constituição da República. É a segunda ocasião em que eu cumpro uma responsabilidade tão alta. Pouco mais de 43 anos atrás, o Comandante-em-chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, antes de sair para o exterior, em conformidade com um compromisso internacional, me pediu para substituí-lo na cerimônia, realizada em 24 de fevereiro de 1976, para a proclamação da Constituição cuja validade termina hoje”, disse Raúl no começo do seu discurso.
“A data escolhida não é por acaso, há
150 anos, em 10 de abril de 1869, os mambises ,lutadores pela independência,
reunidos na Assembleia Constituinte, em Guáimaro, aprovaram nossa primeira
Constituição, o resultado da unidade e da ordem institucional que exigia a
República em armas que estava nascendo. A liberdade e a independência do
colonialismo espanhol seriam parte de seus objetivos essenciais, juntamente com
o reconhecimento da igualdade entre todos os cubanos, sem favores ou
privilégios”.
“A Constituição que estamos proclamando
hoje é a continuação daquela primeira, pois salvaguarda como pilares
fundamentais da nação a unidade de todos os cubanos e a independência e a
soberania da pátria. As constituições de Baraguá, Jimaguayú e La Yaya,
posteriormente proclamadas em momentos diferentes do conflito insurrecional,
são uma expressão contínua da tradição constitucional revolucionária de nossa
história”.
“Vale a pena lembrar que, apesar das
campanhas vitoriosas dos mambises contra o colonialismo espanhol, não se conseguiu
a verdadeira independência nacional nem o estabelecimento daquela República
democrática e progressista à que aspiravam os patriotas cubanos. A vitória foi
arrebatada ao nosso povo pela intervenção do imperialismo norte-americano,
acerca de cujo perigo haviam alertado vários de nossos próceres, em primeiro
lugar José Martí”.Em meio à ocupação militar dos Estados Unidos, foi aprovada a
Constituição da República, em 1901, à qual foi imposta como um apêndice a
Emenda Platt, que subordinava nossa soberania aos interesses dos Estados Unidos”.
“Tal como Fidel expressou, em seu
Relatório Central ao 1º Congresso do Partido, em dezembro de 1975, depois da
Guerra de Independência, a Cubafoi lhe concedida a independência formal, em
20 de maio de 1902, com as bases navais norte-americanas e com uma emenda
constitucional imposta, que entre outras coisas dava aos Estados Unidos o
direito de intervir em Cuba. Foi estabelecida assim em nosso país uma
neocolonia ianque. Não esqueçamos que essa Constituição entrou em vigor por
uma ordem do Governador Militar ianque”.
“Posteriormente, a Constituição de 1940,
resultado de um processo histórico complexo, que teve lugar logo após da
derrubada da ditadura de Gerardo Machado, conseguiu refletir uma parte dos
anseios de nosso povo naqueles dias. A conjuntura internacional em que teve
lugar aquela Assembleia Constituinte, com o objetivo de redigir a Constituição,
no quadro da luta global contra o fascismo e a participação ativa de alguns
membros dessa Assembleia com ideais progressistas, especialmente os comunistas,
influenciou uma adoção de um texto constitucional avançado para essa época,
pois estabelecia novos direitos sociais e econômicos, prescrevia a rejeição de
toda discriminação baseada na raça, cor de pele e sexo, a jornada de trabalho
de oito horas e a proibição de latifúndio”.
“Como é sabido, muitos destes postulados
foram ignorados, em alguns casos, não tendo mais desenvolvimento legislativo
posterior e, em outros, porque não era viável a sua implementação no âmbito
daquela sociedade burguesa”.
“A validade da Constituição de 1940 foi
interrompida com o golpe de Estado orquestrado por Fulgencio Batista, em 1952,
e o estabelecimento de uns estatutos constitucionais espúrios. Este ato
tornou-se o catalisador do movimento revolucionário liderado pela Geração do Centenário, cujo programa
político aparece sintetizado na alegação de defesa de Fidel, ao ser julgado
pelo ataque aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, no documento La História me Absolverá”.
“O triunfo da Revolução, em 1º de
janeiro de 1959, resgatou os postulados constitucionais de 40, que foram
temperados às circunstâncias de um verdadeiro processo revolucionário. Uma das
primeiras medidas na ordem jurídica foi a promulgação da Lei Fundamental, em 7
de fevereiro de 1959, a base constitucional dos novos desafios. Não poderia ser
feito de outra forma, ou parávamos o processo revolucionário para nos
dedicarmos a fazer uma nova Constituição ou fizemos o que, em última análise,
foi decidido”.
“Em relação à configuração
institucional, a mudança mais importante foi definir o Conselho de Ministros
como o mais alto órgão legislativo, executivo e constituinte. Era uma
necessidade imperiosa poder adotar as medidas futuras, com a velocidade imposta
por aquele momento histórico. Sob sua proteção, alguns direitos reconhecidos na
Constituição de 40 tornaram-se realidade e, ao mesmo tempo, surgiram outros
mais profundos que alcançariam os mais humildes”.
“No primeiro caso foi para cumprir o que
tinha sido estabelecido, mas no final, como leis complementares abolindo o
latifúndio. E essas leis complementares, os anos passaram e ninguém se
preocupou de que fossem cumpridas, até que chegou a Revolução e Fidel Castro e
alguns meses depois do triunfo, em 17 de maio de 1959, foi acordada, no coração
da própria Serra Mestra, a Reforma Agrária da Revolução Cubana”.
“A Revolução foi uma fonte de direito:
foi ela quem deu a terra aos camponeses, a que garantiu o acesso gratuito e
universal à educação, a que colocou a saúde pública ao serviço dos cidadãos, o
que garantiu a igualdade dos cubanos, a que nacionalizou com o apoio popular as
grandes propriedades nas mãos de empresas estrangeiras que exploravam nossos
compatriotas”.
“No Relatório Central ao 1º Congresso do
Partido, o companheiro Fidel disse: «Hoje
precisamos de uma Constituição socialista, em correspondência com as
características da nossa sociedade, com a consciência social, as convicções
ideológicas e as aspirações do nosso povo. Uma Constituição que espelhe as leis
gerais da sociedade que construímos, as profundas transformações econômicas,
sociais e políticas operadas pela Revolução e as conquistas históricas
atingidas por nosso povo. Uma Constituição, em suma, que consolide o que somos
hoje e que ajude a alcançar o que queremos ser amanhã».
O período de provisoriedade foi mantido
até a proclamação da Constituição da República, em 24 de fevereiro de 1976,
também o resultado de uma ampla consulta popular e um referendo. Esta
Constituição reafirmou o caráter socialista da Revolução, proclamado por Fidel
em 16 de abril de 1961, instituiu aqueles direitos conquistados pelo povo, como
resultado do processo revolucionário, e estabeleceu um sistema de governo
apoiado pelos órgãos do Poder Popular”.
“Os acordos decorrentes do 4º Congresso
do Partido, em 1991, juntamente com as experiências do processo de retificação
de erros e tendências negativas, a queda do bloco socialista e a necessidade de
nos aperfeiçoarmos nas circunstâncias que prevaleciam em nossa sociedade e
outras novas que se estavam formando, com a chegada do ‘Período Especial’,
implicaram uma reforma parcial da Constituição da República, em 1992. Fundamentalmente,
foram introduzidas mudanças no sistema econômico, na organização e
funcionamento dos órgãos do Poder Popular, foi instaurada a eleição direta pelo
povo dos deputados da Assembleia Nacional e os delegados das Assembleias
Provinciais do Poder Popular e foi expandida a liberdade religiosa”.
“Transcendente também foi a Reforma
Constitucional do ano de 2002, quando os Estados Unidos aumentavam suas ameaças
contra a Revolução. A pedido das organizações de massa e o apoio da maioria do
povo foi inscrito na Constituição o caráter irrevogável de nosso socialismo e do
sistema político e social revolucionário. A isto foi acrescentado o
pronunciamento de que as relações econômicas, diplomáticas e políticas com
qualquer outro Estado jamais poderiam ser negociadas sob agressão, ameaça ou
coerção de uma potência estrangeira”.
“As Diretrizes para a Política Econômica
e Social do Partido e da Revolução, aprovadas no 6º Congresso do Partido, em
abril de 2011 e os acordos alcançados na Primeira Conferência Nacional, em
janeiro de 2012, destacaram a necessidade de fazer mudanças na ordem
constitucional. Consequentemente, em 2013, o Bureau Político aprovou a criação
de um Grupo de Trabalho para esse fim”.
“O 7º Congresso, em abril de 2016,
ratificou as resoluções do 6º Congresso e avançou no desenvolvimento de
documentos de programa, sobre o Modelo Econômico e Social Cubano de
Desenvolvimento Socialista, cuja materialização, também, devia ter um reflexo
no âmbito constitucional. Durante os estudos que realizamos, chegamos à
conclusão de que mais do que uma reforma, era necessária uma nova Constituição,
que não se devia limitar à atualização da ordem econômica e social, mas
aprofundar nos princípios da estrutura do Estado, a extensão dos direitos e
garantias dos cidadãos e outros aspectos relevantes; pensando não apenas nos
dias de hoje, mas, acima de tudo, no futuro da nação”.
“Em 2 de junho de 2018, este Parlamento
aprovou o início do processo de Reforma Constitucional e, para esse fim, criou
uma Comissão de 33 deputados para preparar o projeto da nova Carta Magna.
Considero oportuno registrar nesta sessão solene o trabalho meritório
desenvolvido pelos membros desta comissão e seus quatro assessores, não apenas
na preparação do texto inicial, mas durante todo o processo”.
“O primeiro rascunho da nova
Constituição foi apresentado à análise pela Assembleia, em 21 e 22 de julho de
2018, e após ampla discussão, foi aprovado um novo texto e decidiu-se
submetê-lo a uma consulta popular. Conforme já relatado, cerca de 9 milhões de
pessoas participaram de mais de 133 mil reuniões. Podemos afirmar que não foi
uma mera assistência, mas que, de forma consciente, responsável e com absoluta
liberdade, todos puderam expor seus critérios, o que também contribuiu para
elevar a cultura jurídica dos cidadãos. Houve mais de 1.700.000 intervenções,
das quais saíram cerca de 783.000 propostas. O povo, com sua participação se
tornou o verdadeiro constituinte. Seria suficiente reiterar que, como resultado
da contribuição popular, o projeto teve variações em quase 60% de seus artigos”.
“O trabalho realizado pelas pessoas
encarregadas de capturar e processar as opiniões da população foi louvável. Seu
labor, em tempo recorde, contribuíu decisivamente para o sucesso deste processo
profundamente democrático”.
“Dezembro passado, a Assembleia Nacional
aprovou a nova Constituição da República, e de acordo com o mecanismo de
reforma estabelecido, concordou-se em submetê-la a referendo, que foi realizado
em 24 de fevereiro, ocasião em que o nosso povo deu outro exemplo de
compromisso e apoio à sua Revolução e ao Socialismo. É significativo que a
maioria dos cubanos que exerceram seu voto pertencem às gerações nascidas
depois do triunfo revolucionário, refletindo a força e continuidade dos nossos
princípios”.
“Os resultados do Referendo são prova
inequívoca desta afirmação. Como também foi informado, 90% dos cidadãos com
direito eleitoral foram às urnas, e destes, 86,85% votaram a favor, o que
representa 78,3% do total de compatriotas elegíveis para votar, com a qual a
nova Constituição da República foi endossada”.
“Relevante também é 95,85% dos votos
válidos, e que apenas 9% votou contra. Com relação ao último ítem, valorizamos
que nem em todos os casos, isso significa uma rejeição do conteúdo geral da
nova Constituição, mas obedeceu a opiniões contrárias sobre questões específicas”.
“Cuba provou mais uma vez que a partir
de mecanismos democráticos e com base no direito de livre autodeterminação, é
possível reforçar seu sistema socialista como uma alternativa viável em tempos
de crescente agressividade do imperialismo, tentando desacreditar opções
progressistas de desenvolvimento social”.
“A Constituição que hoje proclamamos
garante a continuidade da Revolução e a irrevogabilidade do nosso socialismo.
Sintetiza as aspirações de todos aqueles que, ao longo de mais de 150 anos, lutaram
por uma Cuba livre, independente, soberana e de justiça social. Uma Lei de Leis
filha do seu tempo: reflete as circunstâncias históricas da construção da nossa
sociedade e sustenta juridicamente as mudanças ocorridas com vista ao futuro,
com o objetivo supremo de chegar a um socialismo cada vez mais próspero e
sustentável, inclusivo e participativo”.
“Com este novo texto, o Estado
revolucionário é institucionalizado e fortalecido, sendo-lhe exigida uma ação
transparente e ajustada à lei. Se algo em particular o distingue é o respeito
pela dignidade plena de homens e mulheres e a igualdade dos cubanos, sem
qualquer discriminação, e estes são, precisamente, os pilares sobre os quais
esta sociedade se funda”.
“A Constituição é o resultado do
trabalho conjunto das pessoas que tiveram o privilégio de acompanhar Fidel na
luta revolucionária e dos “novos pinheiros”, que estão gradualmente
assumindo as responsabilidades principais da nação. Esta Constituição torna-se
um legado para as novas gerações de cubanos”.
“Não basta proclamá-la, é necessário
tornar efetivos seus preceitos. Neste esforço caberá à Assembleia uma intensa
atividade legislativa, em conformidade com as regras previstas nas disposições
transitórias da Constituição, uma tarefa já confiada a vários grupos de
trabalho”.
Neste dia, após este ato de proclamação,
será publicado na Gaceta Oficial da República o texto integral da Constituição,
a partir do qual entrará em vigor. Entre as tarefas imediatas que devemos
empreender, devido ao mandato constitucional, está a adoção de uma nova lei
eleitoral, em cujo projeto já estamos trabalhando, a fim de apresentá-la à
aprovação desta Assembleia, na próxima sessão regular”.
“Promulgada a Lei Eleitoral, deve ser
eleito pelo Parlamento, o Conselho Nacional Eleitoral e, de acordo com a
segunda disposição transitória da Constituição antes que os próximos três
meses, a própria Assembleia elegerá seu presidente, vice-presidente e
secretário, aos demais membros do Conselho de Estado e ao presidente e vice-presidente
da República. Da mesma forma, após ser eleito, o presidente da República, no
prazo de três meses, deve submeter à aprovação da Assembleia Nacional o novo
governo, ou seja, o Parlamento nomeará o primeiro-ministro, os primeiros
vice-ministros, o secretário e os outros membros do Conselho de Ministros. Trabalharemos
para que todas essas ações se materializem antes do final deste ano. Por sua
vez, no início de 2020, corresponderá a eleição de governadores e
vice-governadores provinciais e a designação pelas assembleias municipais dos
intendentes”.
“Como esperado, os inimigos históricos
da Revolução tentaram questionar a legitimidade desse amplo exercício
constitucional. No entanto, todas as infâmias desaparecem em face do fato
irrefutável do apoio em massa de nosso nobre povo”.
“Viemos alertando sobre o comportamento
agressivo que o governo dos EUA desencadeou contra a região da América Latina e
do Caribe. Faz isso em nome da Doutrina
Monroe, com um arrogante desprezo macarthista pelo socialismo, a
autodeterminação dos povos e os direitos soberanos dos países da região”.
“Em 26 de julho de 2018, ao comemorarmos
o 65º aniversário do ataque ao Moncada, e o 1º de janeiro deste ano, para
celebrar o 60º aniversário do triunfo da Revolução, eu advertia sobre o cenário
adverso que se formou e o ressurgimento de euforia e a pressa dos nossos
inimigos para destruir o exemplo de Cuba. Em ambas as ocasiões, mostrei a
convicção de que o cerco do império estava se estreitando em torno da
Venezuela, Nicarágua e Cuba. Os fatos confirmaram essa avaliação”.
“A região que José Martí chamou Nossa América tinha conseguido, nos
últimos tempos, fortalecer a independência regional, em um clima de paz,
cooperação e harmonia entre seus Estados membros. Sob o preceito de alcançar a
unidade dentro da diversidade, foram feitos progressos sustentados em direção à
integração, complementaridade e o acordo entre todos para resolver os problemas
econômicos e sociais de nossos povos. A América Latina e o Caribe foram
declarados Zona de Paz e houve progresso também no objetivo de alcançar um
relacionamento mais respeitoso com os vizinhos do Norte”.
“O cenário hoje é outro. O atual governo
dos Estados Unidos e sua ambição hegemônica em relação à região representam a
ameaça mais urgente das últimas cinco décadas para a paz, a segurança e o
bem-estar da América Latina e do Caribe. Na prossecução dos objetivos de
dominação foram orquestrados vários golpes de Estado ao longo destes anos, em
um caso militares e em outros parlamentares, para tirar do poder presidentes
progressistas e evitar o surgimento de líderes de esquerda, impedindo sua
participação nas eleições através de campanhas de mídia e de casos judiciais
obscuros. Precisamente, no domingo passado completou-se um ano do
encarceramento injusto do companheiro Inácio Lula da Silva, cuja liberdade
exigimos”.
“Infelizmente, há governos e forças
políticas que acompanham irresponsavelmente o imperialismo nesta escalada
guerreira. O cerco implacável contra a irmã República Bolivariana da Venezuela,
com o uso de métodos de guerra não convencional e estrangulamento econômico, é
o principal foco de agressão, no entanto, a ameaça diz respeito a todos. O
governo venezuelano e o povo chavista estão escrevendo admiráveis páginas de
resistência. No solo bolivariano hoje se está definindo se é verdade que as
nações da América Latina e o Caribe têm o direito de autodeterminação, se o
poder soberano reside no povo ou em um governo estrangeiro, se é aceitável que
um país poderoso possa determinar quem são os governantes de um Estado
independente, se as regras e os princípios que regem as Nações Unidas têm valor
real ou são letra morta, se os povos da região permanecem passivos diante da
retirada do poder soberano a uma nação irmã ou respondem em repúdio ao crime”.
“Reafirmamos neste Parlamento a firme
solidariedade e apoio à Revolução Bolivariana e chavista, ao presidente Nicolás
Maduro Moros e à união cívica-militar do seu povo. Para os mais de 20 mil
colaboradores cubanos, 61% deles mulheres, que estão cumprindo missão na Venezuela
transmito nosso profundo reconhecimento pelo seu empenho e dedicação à tarefa
nobre e profundamente humanitária realizada ao serviço das famílias dessa irmã
nação”. (Aplausos)
“O tom do governo dos Estados Unidos
contra Cuba é cada vez mais ameaçador, enquanto passos progressivos são dados
para deteriorar as relações bilaterais. Cuba é culpada por todos os males,
usando mentiras no pior estilo da propaganda de Hitler. Jamais abandonaremos o
dever de agir em solidariedade com a Venezuela. Não rejeitaremos nenhum dos
nossos princípios e rejeitaremos fortemente qualquer forma de chantagem”.
“O aumento da guerra econômica, com o
fortalecimento do bloqueio e a contínua aplicação da Lei Helms-Burton, perseguem o velho desejo de derrubar a Revolução
Cubana por meio da sufocação e das dificuldades econômicas. Esta aspiração já
falhou no passado e falhará novamente” (Aplausos).
“Nós temos informado ao governo dos EUA,
com a maior clareza, firmeza e serenidade, por canais diplomáticos, direta e
publicamente, que Cuba não teme às ameaças e que nosso compromisso com a paz e
a compreensão é acompanhado pela determinação inabalável de defender o direito
soberano dos cubanos de decidir o futuro da nação, sem interferência
estrangeira. Nós defendemos o socialismo, sistema que é denegrido pelo governo
dos Estados Unidos, porque acreditamos na justiça social, no desenvolvimento
equilibrado e sustentável, com uma justa distribuição de riqueza e garantia de
serviços de qualidade para toda a população; praticamos a solidariedade e
rejeitamos o egoísmo, não compartilhamos só o que nos resta, senom tambem o que
nos falta; repudiamos todas as formas de discriminação social e combatemos o
crime organizado, o tráfico de droga, o terrorismo, o tráfico de pessoas e
todas as formas de escravatura; defendemos os direitos humanos de todos os
cidadãos, não de segmentos exclusivos e privilegiados; acreditamos na
democracia do povo e não no poder político e antidemocrático do capital;
procuramos promover a prosperidade da pátria, em harmonia com a natureza e
cuidando das fontes de que depende a vida no planeta; e porque estamos
convencidos de que um mundo melhor é possível”.
“Esperamos que a comunidade
internacional responda com consciência e senso de dever a uma experiência tão
perigosa, e que não devemos nos arrepender quando for tarde demais”.
“Diante do cenário turbulento que tomou
forma, definimos como prioridades indispensáveis a preparação do país para a
defesa e desenvolvimento da economia nacional. Ambas as direções com igual
importância”.
“Como nossa população tem sido capaz de
apreciar, um conjunto de medidas tem sido empreendido há meses para reforçar a
capacidade de combate e disposição das Forças Armadas Revolucionárias e todo o
sistema defensivo do país, sob a concepção estratégica da Guerra de Todo o
Povo, tal como aparece na Constituição da República que acabamos de proclamar. Ao
mesmo tempo, adotou-se um conjunto de decisões para canalizar o desempenho da
nossa economia e resistir e superar novos obstáculos impostos a nós pelo
agravamento cerco econômico e financeiro, sem sacrificar programas de
desenvolvimento que estão em andamento. Para fazer isso é preciso estar alerta
e cientes de que estamos diante de dificuldades adicionais e que a situação
pode piorar nos próximos meses. Não se trata de voltar para a fase aguda do
‘Período Especial’, no início dos anos 90 do século passado; hoje existe outro
panorama, quanto à diversificação da economia, mas devemos sempre nos preparar
para a pior variante”.
“Devemos redobrar nossos esforços para
aumentar a produção doméstica, especialmente de alimentos, revendo todas as
despesas para a remoção das não essenciais, aumentando a eficiência no uso de,
especialmente, os combustíveis, o que inclui terminar o roubo existente e tomar
a poupança como uma linha firme de conduta dos líderes da nação até a base e
dos compatriotas em geral”.
“Em 60 anos, perante as agressões e
ameaças, os cubanos demonstraram a forte vontade de resistir e vencer as
circunstâncias mais difíceis. Apesar de seu imenso poder, o imperialismo não
tem a capacidade de quebrar a dignidade de um povo unido, orgulhoso da sua
história e liberdade conquistada à força de muito sacrifício. Cuba já mostrou
que podemos, que se pode e que sempre será capaz de resistir, lutar e conseguir
a vitória (Aplausos). Não há alternativa”.
Asociación de Amizade Galego-Cubana “Francisco Villamil"